postado em 18/11/2008 19:33
Dois adolescentes de 15 anos foram apreendidos nessa segunda-feira, depois de tentar assaltar a loja de uma operadora de telefonia celular na Avenida Brasil, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Por volta das 13h30, os jovens entraram na loja e fingiram estar em busca de aparelhos para as namoradas. Quando o local ficou vazio, colocaram as mochilas sobre o balcão e anunciaram o assalto, com um revólver calibre 38. Um homem que passava na rua desconfiou da movimentação e chamou a polícia, que prendeu os dois meninos antes que eles saíssem da loja
;A todo momento eles falavam que, pelo fato de serem menores, poderiam nos matar que não ia ocorrer nada. Eles diziam também que não estavam ali porque queriam, trabalhavam para alguém;, contou o gerente da loja, de 33 anos. Os adolescentes não disseram à polícia para quem estariam a serviço. ;Quem está falando isso conversa fiado em cima da gente;, disse um dos adolescentes. Ele afirmou que compraria armas com o dinheiro do assalto, se a polícia não tivesse chegado. Depois de anunciar o roubo, eles chegaram a pôr 35 aparelhos telefônicos em uma mochila, além de R$ 400 encontrados no cofre da loja.
Enquanto o jovem armado levava o gerente e o dono da loja para o escritório, o outro rapaz observava a movimentação na rua. Ele foi o primeiro a ser abordado pelos militares da 3ª Companhia do 1º Batalhão da PM. Quando o colega saiu da loja, certo de que o crime tinha dado certo, também foi abordado pelos militares. ;Eles não esboçaram reação, viram que não havia chance de fugir;, contou o sargento José Carlos Barnabé. O assalto foi filmado por câmeras de vigilância instaladas dentro da loja. Amostras das imagens foram recolhidas e encaminhadas à delegacia.
Durante a tarde dessa segunda, vítimas e adolescentes infratores prestaram depoimentos na Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), no Bairro Sagrada Família, na Região Leste de BH. Depois de ouvidos pelo Ministério Público, os adolescentes deverão ser submetidos a medidas socioeducativas a ser definidas pelo juiz da Infância e da Juventude de Belo Horizonte.