Brasil

Doença pulmonar crônica mata quatro brasileiro por hora, aponta médico

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postado em 19/11/2008 16:44
Nesta quinta-feira (18/11) é Dia Mundial de Combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). No Brasil, o problema mata quatro pessoas a cada hora.O tabagismo apontado como principal causa da doença e relacionado a 90% dos casos. Segundo o pneumologista Paulo Feitosa, um dos obstáculos para o controle da doença é a dificuldade de diagnóstico já que o principal sintoma da DPOC é a falta de ar ao fazer qualquer tipo de esforço, que muitas vezes acaba sendo atribuída à falta de condicionamento físico, ao envelhecimento e ou a outras doenças respiratórias ou cardíacas. ;A DPOC é uma doença muito prevalente e de alta mortalidade. Além disso, ela causa muito sofrimento ao paciente. O grande problema é que se faz o diagnóstico muito tardio da doença. A média é a cada 100 fumantes, 20 desenvolvem a DPOC;, disse o médico. Para ele, a mortalidade causada pela doença no país é muito elevada. ;Existem estudos que em algumas regiões do Brasil se tem DPOC em até 20% da população. Isso chama atenção, é um problema grave de saúde pública e precisa ser combatido;. Para conscientizar a população sobre a doença, uma série de ações estão sendo realizadas hoje em Brasília, Salvador, Recife, São Paulo, Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP) e no Rio de Janeiro. Em Brasília, um ponto de atendimento com médicos e enfermeiros foi montado na rodoviária do Plano Piloto, onde as pessoas podem obter informações sobre a doença e teste de função pulmonar, que é suficiente para dar diagnóstico da doença. A idéia é atrair principalmente fumantes e ex-fumantes com mais de 40 anos, que constituem o principal grupo de risco para a DPOC. No local, estão sendo distribuídos folhetos explicativos com um questionário para as pessoas reconhecerem se estão no grupo de risco da doença respondendo a perguntas como ;Você tosse várias vezes na maioria dos dias?; e ; Você tem falta de ar mais facilmente que as outras pessoas da sua idade?;. O autônomo Roberto Soares Gomes, fumante, resolveu fazer o teste. ;Valeu a pena passar aqui hoje. Eu achava que esses sintomas eram só por causa da idade e não são. Vou providenciar o tratamento.; Embora tenha recebido o diagnóstico de DPOC, Roberto disse que provavelmente não vai largar o cigarro. De acordo com Paulo Feitosa, apesar de existir medicações para reduzir o incômodo, a redução do tabagismo é a medida mais importante para os pacientes com DPOC, pois é a única que permite uma redução significativa na progressão da doença. ;Felizmente, é uma doença que tem tratamento. Os remédios melhoram a qualidade de vida dos pacientes e diminuem as idas ao pronto socorro, as internações hospitalares e aumentam m tempo de vida do paciente;, explicou o médico.

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