postado em 30/11/2008 21:01
A rotina dos moradores do bairro Progresso, na zona sul de Blumenau, foi completamente alterada desde que as chuvas que atingem a região do Vale do Itajaí, há cerca de 60 dias provocou deslizamento de terra, inundações e desabamento de casas, deixando muitas famílias desabrigadas no município.
Militares do Exército estão presentes nos serviços de orientação do trânsito, nos trabalhos de recuperação de pontes e ruas danificadas pelas enchentes, no apoio s pessoas que permanecem nos abrigos, na prestação de atendimento médico e na operação de resgate de algumas famílias que ainda estão isoladas em áreas de difícil acesso.
O Comandante do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado de Porto União, Cláudio Forjaz, disse Agência Brasil que o Exército deve permanecer um longo tempo no bairro Progresso porque as obras de recuperação a cargo do Batalhão de Engenharia serão demoradas. São muitas casas em morros, o que pode causar novas tragédias se voltar a chover.
Um morador do bairro, o taxista José Manoel, disse que duas cenas da tragédia da chuva vão marcar para sempre sua vida. No último domingo (23/11) ajudava vítimas das chuvas quando pediu para um homem que podava uma árvore próxima a fios de alta tensão que abandonasse o local. Logo depois ele viu o homem ser tragado por um deslizamento.
A outra imagem que o marcou o taxista José Manoel foi a visão de uma casa deslizando por uma encosta e arrastando no caminho outra casa onde havia um morador que foi resgatado gravemente ferido.
Maicon Davi mora com a família em um sobrado coberto até a metade de lama trazida pela água da chuva. Ele disse que em toda a rua, que foi interditada, as casas estão nas mesmas condições. No domingo(23) as águas chegaram a quase dois metros de altura na frente da minha da minha casa. Perdi tudo o que tinha, lamentou.
O depoimento de Márcio Couto, pequeno empresário, mostra a situação caótica em que se encontra os moradores do bairro Jordão, onde famílias enfrentam sérias dificuldades. Ele disse que sua atividade agora consiste em andar por uma trilha feita num matagal para chegar até o bairro Jordão, isolado desde domingo (23/11) devido a uma queda de barreira. Segundo Márcio Couto, os voluntários estão indo ao local de moto levar remédios água e comida. Faixas na parte alta do bairro pede socorro e agilidade na remoção da barreira que bloqueia o acesso ao local, revelou.