Brasil

Chuva em Campos, no Rio, deixa 5.500 desalojados

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postado em 01/12/2008 20:47
As chuvas que castigam Campos, no norte Fluminense, desde a semana passada, obrigam moradores a alugar caminhões de mudanças às pressas na tentativa de salvar alguns objetos nas casas onde a água chegou a mais de um metro de altura. O volume de chuva na última semana foi o maior do registrado nos últimos 40 anos, segundo a Defesa Civil. A cidade já tem 5.500 pessoas desalojadas e 2.450 desabrigadas após as enchentes da Lagoa de Cima e do Rio Ururaí, na madrugada de hoje, e há pelo menos duas mil casas em áreas de risco. Em Rio Bonito, onde duas pessoas morreram soterradas na semana passada, mais de 1.300 moradores ainda não conseguiram voltar para casa. No Estado, seis municípios já decretaram situação de emergência. No final da tarde de hoje, a água começou a invadir as casas em outros distritos na entrada de Campos. A Secretaria de Promoção Social informou que o número total de pessoas atingidas pode chegar a mais de 10 mil. Hoje, até o final da tarde, não choveu no município, mas a Defesa Civil alertava aos moradores sobre a possibilidade de pancadas de chuva à noite. O tráfego de veículos pesados na ponte sobre o Rio Ururaí foi bloqueado, pois havia o risco de desabamento. Até o momento não houve mortos na enchente. Em Ururaí, as 26 famílias abrigadas na Escola-Creche Luiz Gonzaga e as 19 famílias que estavam na estavam na Escola Municipal João Borges foram retiradas por barcos devido à enchente e ao risco de contaminação. "A situação é crítica. Nunca vimos nada igual aqui", admitiu o comandante da Defesa Civil Municipal de Campos, Henrique Oliveira. Em Rio Bonito, representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da prefeitura e do Departamento de Recursos Minerais (DRM) do governo do Estado fizeram hoje uma vistoria na localidade do Bosque Clube, no bairro da Bela Vista, para avaliar os estragos provocados pelas chuvas e saber se elas oferecem risco à população. O prefeito da cidade, José Luiz Antunes, fez um apelo para que as pessoas deixassem as residências onde a Defesa Civil constatou que há risco.

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