postado em 02/12/2008 15:19
O presidente Luiz Inácio Lula a Silva afirmou nesta terça-feira (2/12), durante cerimônia de lançamento do Programa Território da Paz, do Ministério da Justiça, que a presença do Estado é fundamental para combater a violência no país. Ele explicou, porém, que o governante ficar em seu gabinete mandando a polícia invadir bairros pobres não é a melhor forma de combater a violência.
;Estamos convictos de que a melhor forma de combater a violência é o Estado estar presente nos bairros mais pobres com ações efetivas.; Lula disse que, quando fala em Estado está se referindo aos governos federal, estadual e municipal.
O Território da Paz foi lançado no bairro de Santo Amaro, considerado um dos mais violentos de Recife. O programa levará ao bairro 29 projetos contra a criminalidade, além de ações sociais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Entre os projetos do Território da Paz estão o Núcleo de Justiça Comunitária, o Mulheres da Paz e o Proteção de Jovens em Território Vulnerável.
Esse último vai selecionar cerca de 400 jovens do bairro que vivem em situação de risco para participar de atividades culturais, esportivas e educacionais. Os jovens receberão auxílio mensal de R$ 100.
Presente ao evento, o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que depois das ações do programa a região será uma da mais seguras do país: ;Não apenas pela ação policial, nem pelo temor e pela violência, mas por um policiamento de qualidade e programas preventivos de segurança;. Segundo Tarso, a instalação do Território da Paz em Recife inicia uma mudança no paradigma do modelo de segurança pública do país.
O presidente Lula também ressaltou que o combate à violência passa pela a oferta de locais para lazer, educação e qualificação profissional.
Durante a cerimônia, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assinou uma portaria que aumenta o repasse de recursos para equipes do Saúde da Família em 30 municípios de Pernambuco que apresentam altos índices de violência. Serão repassados mais R$ 21,6 milhões por ano até 2011 para as equipes.