postado em 04/12/2008 09:11
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o físico Luiz Pingelli Rosa, 61 anos, é especialista em energia nuclear e ocupou a presidência da Eletrobrás no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou o cargo depois de muita briga interna no governo, inclusive com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na última segunda-feira, ele voltou ao Palácio do Planalto como secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas para lançar o plano nacional para o controle das emissões de gases poluentes e recebeu do presidente Lula a incumbência de estudar as causas das enchentes em Santa Catarina e propor medidas preventivas. Desde o início dos anos 1990, ele defende que a poluição é causada por distorções no modelo econômico. Ex-tenente do Exército, cassado pelo regime militar, Pinguelli é hoje um dos cientistas mais respeitados dentro e fora do país. Defensor da utilização das Forças Armadas no apoio à fiscalização da derrubada da Floresta Amazônica, ele define as queimadas como ;a vergonha nacional;. Em entrevista ao Correio, Pinguelli fala, entre outros assuntos, sobre gases do efeito estufa, idéias para geração de energia limpa e critica os ambientalistas contrários à implantação de novas usinas hidrelétricas: ;Eles lutam contra as hidrelétricas como antes nós lutávamos contra a ditadura. É um equívoco histórico;.
Ouça podcast: com Luiz Pinguelli Rosa