Brasil

Greenpeace pede ações contra contaminação radioativa da água

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postado em 15/12/2008 20:09
Um ativista do Greenpeace entregou, nesta segunda-feira (15), garrafas contendo o que seria ;água radioativa; de Caetité (BA) nos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Ele estava vestido de garçom e usava uma máscara de caveira. A intenção do manifestante era entregar as garrafas aos ministros Carlos Minc e Sérgio Rezende. Pesquisas do Greenpeace publicadas no relatório Ciclo do Perigo: Impactos da produção de combustível nuclear no Brasil, em outubro, indicam que a água consumida pelas famílias que vivem na área de influência direta da mina de urânio operada pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité (BA), apresenta radioativo até sete vezes acima do nível tolerado pela Organização Mundial de Saúde. Segundo Rebeca Lerer, coordenadora da campanha de energia nuclear do Greenpeace, a manifestação de hoje ;foi um lembrete; às autoridades sobre a situação em Caetité. De acordo com a coordenadora, o Greenpeace quer que as medidas propostas pelo Ministério Público Federal (MPF), em reunião no dia sete de novembro, sejam cumpridas. Rebeca Lerer revelou que a INB quer duplicar sua produção em Caetité, mas o MPF recomendou ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) que isso só ocorra quando as condições para o licenciamento, que estão em aberto, como a do controle da saúde das famílias da região, sejam resolvidas. A expectativa, segundo Lerer, é saber se o Ibama vai acatar a solicitação do Ministério Público Federal. ;Vamos ver se o protesto de hoje ajuda o ministro a cumprir sua responsabilidade;, afirmou. No Ministério do Meio Ambiente o ativista fantasiado de 'garçom-caveira' e outros três manifestantes foram recebidos pelo assessor de imprensa Ronie Lima. O assessor disse desconhecer o que se tratava a manifestação, mas que iria encaminhar a água recebida ao ministro. No Ministério da Ciência e Tecnologia, após espera de mais de 30 minutos, os manifestantes não foram recebidos por nenhum funcionário e deixaram apenas uma carta de compromisso protocolada na recepção. Até o fechamento dessa reportagem, os dois ministérios não tinham se manifestado oficialmente sobre o protesto do Greenpeace.

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