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Exames devem comprovar se jovem que morreu em cruzeiro ingeriu drogas

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postado em 22/12/2008 17:30
SÃO PAULO, 22 (AG) - Exames do Instituto de Criminalística devem revelar se a estudante de Direito Isabela Baracat Negrato, de 20 anos, consumiu algum tipo de substância que possa ter causado sua morte. Isabella morreu na última sexta-feira (19/12), durante um cruzeiro universitário em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. O resultado dos exames deve ficar pronto em 30 dias. Apesar do corpo de Isabella não apresentar sinais de violência, a polícia está investigando o caso como "morte suspeita". Uma testemunha afirmou que encontrou a jovem desacordada na cabine. Ela foi encaminhada ao posto de atendimento médico, onde teve convulsões. A polícia suspeita que ela foi vítima do consumo exagerado de álcool e drogas. Antes de mandar o corpo para o enterro em Bauru, onde a vítima morava, os legistas de São Sebastião colheram amostras de sangue e enviaram para São Paulo. É o Instituto de Criminalística da capital que vai concluir o que provocou a morte de universitária. ;Vamos realizar pesquisas laboratoriais e análises toxicológicas e por microscópios. A pesquisa toxicológica visa encontrar substâncias anômalas ao corpo, que podem ter sido a causa ou que podem ter levado ao efeito letal;, explicou Carlos Alberto de Souza Coelho, diretor interino do Instituto. Duas pessoas foram detidas ao tentar embarcar com drogas em um cruzeiro universitário, na última quinta-feira (18/12), em Santos. O chefe da vigilância da alfândega de Santos, Elias Carneiro, informou que os dois detidos carregavam ecstasy e uma droga ainda não identificada. ;Era ecstasy e tinha uma droga que nós da Alfândega não soubemos detectar. A polícia vai mandar para exame para detectar qual o tipo de droga. Nós vamos apurar e, se porventura, foi problema de droga (a morte de Isabella), tentar saber por onde essa droga entrou;, aponta Elias Carneiro. ;Por mais que a gente aperte o cerco, o ecstasy aparece como um remédio comum no raio-x. Se eu for parar toda bagagem com remédio, tenho que desembarcar metade do navio;, afirmou Carneiro. Depois da morte, a alfândega afirma que vai aumentar a fiscalização dos navios. Nas últimas seis temporadas de cruzeiros, a alfândega apreendeu 100 quilos de drogas que seriam embarcadas. Segundo o serviço médico do navio, Isabella já havia sido atendida antes por causa de embriaguez e de um ferimento no pé. Em depoimento, a companheira de cabine de Isabella disse que nenhuma das duas tinha usado drogas, mas que ambas haviam ingerido bebida alcoólica em grande quantidade desde o início da viagem. Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Ilhabela, policiais federais que fizeram uma revista na cabine ocupada pela estudante constataram que o local já havia sido arrumado e limpo. Por isso, não foi possível coletar evidências que pudessem ajudar a esclarecer a morte da garota. A família da jovem está cobrando uma explicação. As informações são do SPTV e do jornal O Globo

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