Brasil

Nelson Jobim diz que Brasil pode ser base internacional de construção de helicópteros

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postado em 23/12/2008 15:31
Com o objetivo de dar novo impulso parceria estratégica entre Brasil e França, foi firmado hoje (23/12) nesta capital, na presença dos presidentes dos dois países, Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy,acordo na área da defesa, que prevê a construção de 51 helicópteros militares e cinco submarinos, sendo um movido a propulsão nuclear. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que esse acordo poderá "transformar o Brasil na base de um grande mercado internacional para a construção de helicópteros;. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que o único acordo, que já tem valor fixado, é o que envolve a construção de helicópteros pela empresa brasileira Helibrás. São sete helicópteros para cada força, com complementações específicas e 20 helicópteros básicos, além de mais dois híbridos. ;Nós vamos ter um custo de 1,89 bilhão de euros, através de um financiamento, que já está sendo constituído. E nós vamos pagar isso até 2026;. Jobim esclareceu que, na verdade, o Brasil não está comprando helicópteros da França. ;Nós estamos criando uma fábrica no Brasil;, explicou. Os equipamentos serão produzidos em várias unidades da federação, informou o ministro. A montagem das aeronaves será feita em Itajubá (MG), mas as turbinas serão fornecidas pela companhia Turbomeca, do Rio de Janeiro. A parte de aviônica (sistemas elétricos e eletrônicos das aeronaves) também será feita no Brasil por uma empresa gaúcha com experiência no ramo. ;Tem todo um conjunto de pessoas que vão se envolver;, disse Jobim. Cálculos preliminares da Helibrás indicam que a empresa terá um aumento de 500 empregos diretos e cinco mil indiretos, com todos os fornecedores. Nelson Jobim comentou que o acordo com a França poderá gerar grande desenvolvimento no país. Em relação aos submarinos, o ministro da Defesa afirmou que, somente em março de 2009, os dois governos conversarão sobre o valor do investimento. Disse que o montante a que os jornais franceses se referem (8,9 bilhões de euros) não passa de especulação da imprensa. ;Não há valores. A imprensa francesa está especulando em torno desse valor;, reiterou. De acordo com informação do comandante da Marinha, almirante Júlio de Moura Neto, o acordo assinado com a França prevê a construção, nos próximos três ou quatro anos, de um estaleiro em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde serão fabricados os submarinos. Ele afirmou que o acordo coroa uma luta de 30 anos da Marinha por tecnologia e recursos para concluir o projeto do submarino nuclear brasileiro. Moura Neto acredita que serão gerados 600 empregos diretos e mais de três mil indiretos. A perspectiva é que o primeiro submarino convencional, utilizando tecnologia francesa, esteja pronto em cinco anos. A unidade movida a propulsão nuclear tem prazo mais extenso, de dez anos. O governo estima concluir os cinco submarinos em 20 anos.

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