postado em 04/01/2009 09:21
Eles sabem que metade da população adulta é analfabeta funcional, que os brasileiros não leem nem dois livros por ano e que os estudantes estão entre os piores do mundo em testes de leitura. Mesmo assim, contrariando uma realidade preocupante, uma série de pessoas sozinhas, organizações não-governamentais e mesmo municípios e Estados estão multiplicando projetos de incentivo à leitura pelo País. Dados do Programa Nacional do Livro e Leitura (PNLL), dos Ministérios da Cultura e da Educação, mostram que o número de projetos cadastrados saltou de 162 em 2006 para quase 600 em 2008.
A última edição do Prêmio Vivaleitura, por exemplo, teve 1.899 projetos inscritos de todos os Estados, tanto das capitais quanto dos pequenos municípios do interior do País. São bibliotecas em casas de palafita na região amazônica, nas garagens da periferia de grandes cidades, no lombo de animais, nos carrinhos de catadores de papel, no porta-malas de carros, em ônibus adaptados. Vizinhos que se unem e criam grupos de leitura, professores que criam modelos pedagógicos para serem usados extraclasse, redes de ensino que reformularam seus programas.