Brasil

Governo distribuirá 1,2 bi de preservativos em 2009

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postado em 05/01/2009 20:00
O governo federal deve superar a distribuição de preservativos em 2009 com a aquisição de 1,2 bilhão do produto que se encontra em curso. No ano passado, o país atingiu recorde histórico de distribuição de camisinhas. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde repassou 406 milhões de preservativos para todos os estados e municípios brasileiros. O número é 3,3 vezes maior do que foi disponibilizado em 2007, que atingiu a marca de 122 milhões. O maior quantitativo anual havia sido em 2003, com 257 milhões de unidades distribuídas. O edital para a compra do insumo foi publicado no dia 15 de dezembro e a abertura das propostas está prevista para o próximo dia 29. É a maior compra de preservativos já realizada no mundo. Licitação As empresas que ganharem a concorrência devem começar a produzir em janeiro de 2009. Depois da assinatura do contrato, elas têm 120 dias para entregar o primeiro lote, com 325 milhões de unidades. Os preservativos são distribuídos em serviços públicos de saúde e também em ações governamentais e de organizações da sociedade civil que trabalham na prevenção de DST e aids com grupos mais vulneráveis a essas doenças, como profissionais do sexo e usuários de drogas. Xapuri O primeiro lote com um milhão de camisinhas da fábrica de preservativos de Xapuri, no Acre, foi entregue ao Ministério da Saúde no último dia 18. As primeiras unidades serão distribuídas na rede pública de saúde dos estados da região Norte. A primeira empresa estatal do setor no Brasil, ligada ao governo estadual, é também a única no mundo a utilizar látex de seringueira nativa na produção do preservativo. Sua capacidade de produção é de 100 milhões de camisinhas por ano, com possibilidade de chegar a 270 milhões. O empreendimento partiu da necessidade de investir na indústria nacional e diminuir a dependência de importação do insumo. A iniciativa traz vantagens ao meio-ambiente, por meio do manejo sustentável da floresta, do uso racional dos recursos naturais e da incorporação de tecnologia adaptada à realidade da população extrativista. Ao todo, 700 famílias da Reserva Extrativista Chico Mendes estão envolvidas na extração de látex para a fábrica. Convênio Toda a produção será destinada ao governo federal, a partir de convênio de cooperação técnica e financeira com o Ministério da Saúde. Além do fornecimento de preservativos ao Sistema Único de Saúde, o convênio prevê a realização de oficinas e missões técnicas sobre DST e aids nas comunidades extrativistas e estudos preliminares para o desenvolvimento de um lubrificante natural para substituir o óleo de silicone para preservativos masculinos. Foram investidos R$ 31,3 milhões na construção da fábrica, na compra de equipamentos e na capacitação de profissionais. Do total, 19,7 milhões saíram do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Também foram investidos recursos do Ministério da Integração Regional, da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), das Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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