Brasil

Crianças com dislexia sofrem com preconceito, aponta fonoaudióloga

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postado em 09/01/2009 18:48
A dislexia, condição hereditária que causa transtornos de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). Segundo a fonoaudióloga Ana Maria do Carmo Oliveira, muitas crianças que apresentam o problema sofrem com o preconceito pois freqüentemente são taxadas de "burras, ignorantes, preguiçosas" e isso não é verdade. ;Como é um diagnóstico mais difícil as pessoas realmente são rotuladas: ;Ela tem preguiça de estudar, ela não gosta de estudar, ela não aprende porque enão quer;. É um grande desestímulo e muitas pessoas acabam abandonando a escola, porque realmente não conseguem, então a gente vai ter crianças na quarta, quinta série, sem saber ler e escrever; afirmou Ana Maria em entrevista nesta sexta-feira (9/01) à Rádio Nacional. A dislexia é uma condição hereditária com alterações genéticas que causa transtornos de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. É o distúrbio de maior incidência nas salas de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). A manifestação da doença se dá quando a criança começa a aprender a ler e a escrever. Segundo a fonoaudióloga, ainda não se sabe quais alterações causam o problema que se manifesta quando a criança começa a aprender a ler e escrever. ;Hoje em dia muitas pesquisas já foram feitas e ainda não se sabe exatamente [o que impede a pessoa de aprender a ler e escrever]. Algumas pesquisas mostram que existe uma alteração no processamento do cérebro, que trabalha de uma forma diferente do que naquelas pessoas que aprendem com facilidade; afirmou. O diagnóstico do distúrbio é feito por uma equipe de profissionais formada por psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos. O tratamento é feito por fonoaudiólogos e o tempo de duração depende do grau de intensidade da dislexia.O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento e diagnóstico. Em 2008 foram realizados, em todo o país, 3.482.600 atendimentos relacionados ao problema segundo o Ministério da Saúde.

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