postado em 16/01/2009 17:45
O Brasil é o país que mais faz downloads de músicas na América Latina, segundo relatório divulgado pela Federação Nacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Em 2008, foi registrado um crescimento de cerca de 10% nesse nicho no país, segundo a entidade. De acordo com a IFPI, por ser a população que mais tempo gasta na internet - 23 horas e 10 minutos por mês - os brasileiros são consumidores em potencial do mercado musical digital. A Federação prevê que o crescimento do país na área com altas graduais nos próximos anos
No mundo todo, o número de músicas compradas via internet apresentou em 2008 um crescimento de 25% ante 2007 este ano, indicou nesta sexta-feira (16/01) o relatório anual de Música Digital da IFPI.
Só no ano passado, foram feitos downloads de 1,4 bilhão de singles, representando um aumento de 350 milhões de hits baixados. Em consequência, o mercado digital de singles rendeu US$ 8 milhões mais, de US$ 2,9 bilhões, em 2007, para US$ 3,7 bilhões. Em contrapartida, o número de downloads ilegais, que não remuneram cantores ou gravadoras, ainda representa 95% dos singles baixados - não foi divulgado o porcentual de 2007.
Entre as músicas mais baixadas no ano passado, a primeira do ranking foi "Lollipop", da cantora Lil Wayne, com 9,1 milhões de cópias compradas, 1,8 milhão a mais do que a mais baixada em 2007, "Girlfriend", da cantora Avril Lavigne.
Prejuízo
Só em 2008, foram feitos downloads de 26,6 bilhões de singles não comprados ao redor do mundo, representando um prejuízo de US$ 53,2 bilhões às indústrias fonográficas. Por conta da pirataria digital, o relatório ainda aponta que a renda do mercado musical apresentou queda de 8% em comparação a 2007, um decréscimo de US$ 1,5 bilhão (de US$ 19,5 bilhões para US$ 18 bilhões)
Para o presidente da IFPI, John Kennedy, a pirataria é um problema a ser enfrentado e demandará ações "firmes" dos governos. "Os países estão começando a aceitar que, no debate a respeito de 'conteúdo livre', não agir não é a opção se quisermos um futuro para o conteúdo digital comercial", afirmou