postado em 05/02/2009 10:02
Mesmo com um aparato policial de cerca de 400 homens, 100 carros 20 cavalos, 4 cães e 1 helicóptero, a polícia esbarra na ;lei do silêncio; dos moradores de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, sobre o conflito de segunda-feira e admite que não saiu do zero nas investigações sobre o caso, que deixou seis feridos e fez a Polícia Militar tomar a favela. Até as 19 horas de ontem dois fugitivos da Fundação Casa foram recapturados e um homem com drogas, preso.
A principal hipótese é de que a origem do tumulto esteja relacionada com o detento Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, de 32 anos, que teria dado da prisão o sinal verde para os atos de vandalismo - seu cunhado Antonio Galdino de Oliveira foi preso no domingo. Piauí vai ser ouvido no inquérito policial. A Polícia Civil requisitou aos prédios vizinhos as fitas com possíveis imagens das cenas de violência em Paraisópolis para tentar identificar os autores dos disparos que feriram quatro PMs e também as pessoas que promoveram vandalismo.
A delegada Silvana Sentieri Françolin, que preside o inquérito policial, tomou ontem o depoimento de dois dos cinco feridos no tumulto. Ambos se recuperam de ferimentos a bala. Cinco integrantes da comunidade foram à Ouvidoria das Polícias para reclamar de excessos na abordagem policial. O padre Luciano Borges Basílio, da Paróquia São José, localizada na favela, também reclamou da truculência da Polícia Militar. O religioso disse que, mesmo usando roupa eclesiástica, foi maltratado numa abordagem policial.