Brasil

Pernambuco pode ter primeiro caso de dengue hemorrágica

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postado em 14/02/2009 15:00
Pernambuco ainda está na pré-estação do período chuvoso, mas já há pelo menos um caso suspeito de dengue hemorrágica no estado. Uma mulher com 25 anos deu entrada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no final de janeiro, com sinais da doença. Ela apresentava petéquias, uma manifestação hemorrágica na pele em forma de pequenas manchas vermelhas. Exame sorológico realizado no hospital detectou a presença do vírus no organismo da paciente e o caso foi notificado à Secretaria de Saúde de Jaboatão no dia 30 de janeiro. A paciente recebeu alta e foi para casa, em Candeias. Mas o endereço não foi repassado corretamente à equipe de saúde da cidade, que está com dificuldades para encontrá-la. Outras análises, entre elas um novo exame sorológico, são necessárias para confirmar se esse foi o primeiro caso de dengue hemorrágica no município e, talvez, do estado. No ano passado, Pernambuco registrou 19 mortes por dengue. A maioria, cinco, em Jaboatão. O estado está em alerta. Alto risco - O primeiro levantamento de infestação predial realizado no município este ano revelou que entre 30 localidades analisadas, uma (no bairro de Cavaleiro) tem alto risco de transmissão da dengue e 14 estão em situação de alerta. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no entanto, mostram um panorama positivo em relação ao mesmo perído do ano passado. Até o dia 31 de janeiro deste ano, data do último boletim epidemiológico do estado, 145 casos suspeitos da forma clássica da doença foram notificados. Número que equivale a 35% do registrado no ano passado (414). Isso sem contar com as seis notificações de dengue hemorrágica, das quais uma foi confirmada, registradas no primeiro mês de 2008. Os números parecem otimistas, mas os profissionais de saúde estão cautelosos e preocupados. Chefe do Núcleo Municipal de Controle da Dengue de Jaboatão, José Lancart Lima enfatiza que o início das chuvas aumenta o risco de transmissão da doença. "Principalmente porque a chuva vai alagar os depósitos naturais. E o que mais agrava é que a maioria dos focos está dentro das casas por causa da falta de água", disse. Segundo Lancart Lima, o levantamento sobre infestação do mosquito revelou que, em Jaboatão, 90% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das casas das pessoas, principalmente em baldes, tonéis e tanques. "É um número absurdo. A principal mensagem é que as pessoas precisam proteger os depósitos que utilizam para armazenar água", lembrou. O trabalho de conscientização e de educação em relação à dengue no município começou no dia 10 de janeiro. No estado, para o trimestre mais crítico, o período de março a maio, a previsão é de chuvas normais a acima da média.

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