Brasil

Gate tenta libertar arquiteta feita refém em Guaraçaí (SP)

;

postado em 15/02/2009 21:37
Guaraçaí - O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, tentava, no início da nopite deste domingo (15/02), libertar a arquiteta Dayane Paula Moraes, de 23 anos, que era mantida refém desde as 3h40 em sua casa, em Guaraçaí, a 610 quilômetros de São Paulo. Ela foi feita refém pelo operário Antonio Marcos de Souza, de 31 anos, que aproveitou a chegada da mãe da arquiteta, a corretora Suzy Mari Bizzy, 50, para render cinco pessoas e entrar na casa. Ao chegar, Dayane e dois amigos foram surpreendidos por Souza, que estaria armado com uma pistola. Os dois amigos foram liberados e Suzy, Dayane e uma amiga, a universitária Larissa de Souza Mendes, foram rendidas e levadas cada uma para um quarto da casa. Larissa conseguiu levar um celular e chamou a polícia. A PM iniciou as negociações durante a madrugada. Às 6h50, Souza exigiu um colete à prova de balas para soltar Larissa. Na saída, ela comentou com os PMs: "Ele disse que fui solta por eliminação da casa do BBB". O comentário, segundo os policiais, refletia o estado de espírito de Souza, que não tentou praticar assalto nem conhecia as vítimas. "Ele não fala nada, não explica por que entrou na casa, nem quais são seus objetivos. Parece que ele quer zoar", contou o delegado Moacir Dagoberto da Silva, de Guaraçaí, que acompanha o caso. Durante as negociações, no entanto, o operário afirmou que só sairia morto do local. Pouco depois de receber o colete, Souza libertou Suzy. "Não sei o que ele quer, não o conhecemos; ele diz que não fará mal a ninguém, mas se recusa a soltar minha filha", disse a corretora aos PMs. A partir das 17 horas, as negociações começaram a ser feitas pelo Gate. Entre os moradores da cidadezinha, de 8 mil habitantes, havia comentário de que Souza teria trabalhado de servente numa construção projetada por Dayane, que costumava visitar o canteiro de obras. "Acho que ele ficou encantado com a moça", disse Lucas Batista de Oliveira, que trabalhou numa construção com Souza. A família de Dayane, assim como a polícia, nega qualquer conotação passional no caso. "Ela se mudou para cá há menos de um mês e não conhecia esse rapaz", contou Lucia Moraes, tia de Dayane. De acordo com a PM, Souza teria cumprido pena na Penitenciária de Mirandópolis.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação