postado em 16/02/2009 19:34
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro vai intensificar o trabalho de repressão ao crime organizado, principalmente as milícias. O combate vai ficar concentrado no recém-criado Núcleo de Combate ao Crime Organizado, que contará com cinco promotores voltados exclusivamente à luta contra as quadrilhas de traficantes e de milicianos.
Para o procurador-geral de Justiça do estado, Cláudio Soares Lopes, não há diferença qualitativa entre os crimes de tráfico e de milícia: ;Crime é crime e tem que ser combatido;. Segundo ele, os milicianos formam um novo tipo de máfia. ;É uma máfia. Mafioso tem em várias esferas;, destacou.
Lopes recebeu nesta segunda-feira (16/02) o relatório final da CPI das Milícias, entregue pelo deputado estadual Marcelo Freixo (P-SOL), que foi o presidente da comissão. Freixo cobrou maior entendimento entre os poderes do estado para que os 225 indiciados pela CPI sejam denunciados e julgados.
;O que falta é uma articulação entre todos os órgãos, porque o crime organizado representa a maior ameaça ao estado de direito, pois age na inoperância do poder público diante do domínio do território;, disse Freixo.
O parlamentar considerou uma ;afronta; a divulgação, neste final de semana, de um vídeo no site Youtube, do foragido Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, ex-PM acusado de ligações com um grupo de milícia. ;O Ricardo Batman é uma afronta ao estado. As milícias representam uma afronta ao estado. Por isso têm que ser enfrentados o mais rápido possível;, afirmou Freixo.