postado em 21/02/2009 18:47
A presidente da Associação de Vítimas do Palace 2, Rauliete Guedes, disse neste sábado (21/02) acreditar que, com a morte do empresário e ex-deputado federal Sérgio Naya, o processo de pagamento das indenizações às famílias que eram donas de apartamentos no edifício pode ser acelerado.
Naya, que foi encontrado morto nessa sexta-feira (20/02) em um hotel em Ilhéus, na Bahia, era dono da Construtora Sersan, que ergueu o edifício Palace 2, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O imóvel desabou em 22 de fevereiro de 1998, provocando a morte de oito pessoas e deixando 120 famílias desabrigadas. O laudo técnico divulgado na época apontou erros de cálculo na construção do prédio e uso de material de construção de baixa qualidade como fatores que causaram a tragédia.
De acordo com Rauliete Guedes, que é advogada, a realização do inventário relativo aos bens de Naya pode trazer à tona imóveis que até agora são desconhecidos.
;Temos que ter esperança de ver essa situação tão angustiante chegar ao fim. Acho que a partir de agora as coisas podem andar mais rápido. Afinal, com o processo de inventário, quem sabe bens que pertenciam a ele, e nós nem sabíamos, acabem aparecendo?;, disse a advogada.
Para ela, os herdeiros de Naya vão querer resolver logo a situação porque como os bens do empresário estão indisponíveis por decisão judicial. ;É bom para todo mundo que se pague o que é devido, e o restante poderá ser repassado aos herdeiros sem problemas pendentes;, afirmou.
De acordo com Rauliete, até agora aproximadamente 40% das indenizações foram pagos, o que equivale a cerca de R$ 60 milhões. Das 120 famílias que perderam apartamentos com o desabamento apenas três continuam morando em um hotel no Rio. Segundo Rauliete, a maioria deu entrada para comprar outros imóveis, mudou-se para a casa de parentes ou alugou outros apartamentos.
Sérgio Naya respondia a mais de 100 processos judiciais. Entretanto, foi absolvido no processo que o responsabilizava pela morte dos oito moradores do Palace 2.