postado em 26/02/2009 20:49
Representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram nesta quinta-feira (26/02) no Supremo Tribunal Federal (STF) com a ministra Cármen Lúcia para falar sobre a ação que pede a legalização da antecipação dos partos de fetos com anencefalia. O assessor da Comissão Vida e Família da CNBB, padre Luiz Antônio Bento, afirmou que os representantes da entidades pretendem entregar a todos os outros ministros o memorial com os argumentos a favor da vida e contra o que ele considera um "assassinato".
Para o padre, o feto anencéfalo é um ser humano que tem de ser respeitado. "Se ele está respirando, ele tem vida", afirmou. Ele lembrou que há o caso de uma criança que nasceu em 2006 e que viveu um ano e oito meses mesmo tendo recebido o diagnóstico de anencefalia. O padre também comentou as previsões de cientistas segundo as quais crianças com anencefalia têm uma expectativa mínima de vida fora do útero. Segundo ele, isso "não significa que ela deva ser assassinada antes do tempo". Ele ressaltou a situação de alguns doentes terminais. "Mas isso não significa que agora vamos assassinar todos os pacientes terminais", disse
A Frente Parlamentar pela Vida encaminhou em dezembro uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra o relator da ação, Marco Aurélio Mello, que no ano passado afirmou que os procedimentos deveriam ser liberados pelo tribunal. Segundo o grupo, Marco Aurélio emitiu um juízo de valor sobre a causa e teria manifestado publicamente sua decisão antes do julgamento, que deverá ocorrer no primeiro semestre deste ano. A frente quer que Marco Aurélio seja afastado da relatoria do processo