postado em 06/03/2009 19:55
No próximo dia 17 de março, os dois menores presos e acusados de participarem de uma rede de pedofilia em Catanduva (SP) serão ouvidos pela juíza e pelos promotores do caso na Vara da Infância e da Juventude da cidade. Mais seis testemunhas de acusação também deverão prestar depoimentos, segundo o Ministério Público.
Os dois menores foram reconhecidos pelas crianças vítimas dos abusos e citados como responsáveis em levá-las até o borracheiro, conhecido como Zé da Pipa, que está preso, em São José do Rio Preto, sob acusação da prática de abuso sexual.
Hoje (05), mais 12 crianças vítimas dos abusos foram identificadas por uma equipe técnica da Vara da Infância, acompanhada por um psicólogo e por um assistente social, segundo informou, por meio de nota, a juíza Sueli Juarez Alonso, da 2ª Vara Criminal de Catanduva.
Com isso, já são 36 o número de crianças vítimas da erede de pedofilia em Catanduva. Mais dois casos estão sendo investigados, porque duas mães procuraram a Vara da Infância, na tarde de hoje, para relatar a desconfiança de que seus filhos tenham sido vítimas de abusos sexuais.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, duas investigações já foram abertas para investigar o caso. Na primeira, foram identificadas dez vítimas e dois suspeitos foram denunciados por atentado violento ao pudor: o borracheiro Zé da Pipa, que está preso, e o seu sobrinho, que foi solto por falta de provas).
No novo inquérito policial, há 11 vítimas (entre elas, algumas do primeiro processo) e oito suspeitos, entre eles, um médico, um usineiro e um comerciante. Na semana passada, as crianças participaram de um auto de reconhecimento e identificaram dois menores e um adulto como integrantes da rede de pedofilia. Os dois menores tiveram a internação provisória decretada e e estão na Fundação Casa. O adulto foi preso, mas já está solto. O inquérito corre sob segredo de Justiça para preservar as vítimas.
O senador Magno Malta, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia estará novamente em Catanduva, no próximo dia 16 de março, para ouvir depoimentos e buscar mais informações sobre o caso. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos mandará a Catanduva, no dia 10, uma representante do órgão para colocar à disposição das famílias os serviços de apoio da secretaria.