postado em 08/03/2009 17:56
As mulheres são as maiores beneficiárias dos recursos previdenciários no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Previdência Social, em dezembro do ano passado, dos 25 milhões de benefícios concedidos, 57% foram para mulheres. O volume de pensões recebidas em dezembro por mulheres ficou 86,5%, cabendo aos homens 13,5%.
Elas ficam também com as maiores pensões concedidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma vez que o valor do benefício reflete o que seus maridos ganhavam quando estavam vivos.
Em dezembro, a maioria das aposentadorias concedidas por idade também ficou com as mulheres, 61% do total, enquanto os homens ficaram com os 39% restantes. No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, no entanto, os homens foram maioria. Eles ficaram com 73% do total e elas, com 27%.
Na zona rural, 69% dos benefícios (7,9 milhões no total) pagos em dezembro foram para mulheres, que receberam R$ 1,685 bilhão. O benefício foi criado pela Constituição de 1988, pois até então a mulher da zona rural só podia receber pensão em caso da morte do cônjuge. Segundo o ministério, a extensão do benefício à mulher ampliou o processo de redistribuição de renda no país propiciado pelo pagamento dos benefícios previdenciários.
De acordo com o Ministério da Previdência, houve aumento da proteção social das mulheres trabalhadoras, no período 2006-2007, conforme revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proteção à mulher ocupada, com idade entre 16 a 59 anos, aumentou de 61,9%, em 2006, para 62,8% em 2007, passando de 21,6 milhões para 22,3 milhões de trabalhadoras, ou 3,2% a mais no período.
O número de mulheres que comandam famílias também subiu. Em 2996, eram 18,6 milhões e, no ano seguinte, 19,8 milhões, com aumento de 6,9%. "O aumento da inserção da mulher no mercado de trabalho e a redução das desigualdades entre trabalhadores e trabalhadoras têm contribuído para ampliar a importância feminina no cenário econômico e social do país, bem como sua posição na vida familiar", destaca o Ministério da Previdência Social, em informe.