postado em 10/03/2009 08:46
A oferta de cirurgia de diminuição do tamanho do estômago para perda de peso nos hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou 542% desde 2001, quando o procedimento passou a ser realizado pela rede pública, segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde. Somente em 2008, no Brasil, foram realizados 3.195 cirurgias bariátricas, a um custo de R$ 15,736 milhões para o SUS.
Em 2001 foram gastos R$ 1,237 milhão para 497 procedimentos como esse. O investimento cresceu 1.765%. Também aumentou a quantidade de estabelecimentos habilitados para realizar a operação, passando de 18 em 2001, para 58 unidades pelo Brasil neste ano.
O Estado que realizou o maior numero de cirurgias foi São Paulo, com 1.068 procedimentos, seguido do Paraná (954) e Santa Catarina (344). O maior número de procedimentos é realizado em mulheres: em 2008 foram 2.639 cirurgias entre elas e 556 entre homens, cinco vezes menos. Estima-se que o Brasil tenha 3,73 milhões de obesos mórbidos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. Muitos deles já são atendidos pelo Sistema Único de Saúde em programas de emagrecimento, formados por equipe multidisciplinar, com participação de nutricionistas que prescrevem dietas.
A indicação de atividades físicas também é recomendada para prevenção da obesidade. Antes de fazer a cirurgia, o paciente deve passar por uma avaliação clínica e cirúrgica e um acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos. Nesse período, ele é submetido a uma dieta e, se os resultados não forem positivos, a cirurgia é recomendada.
A cirurgia bariátrica é recomendada quando o índice de massa corporal (IMC), ou seja, a razão entre o peso e o quadrado da altura, é maior que 40kg/m² em indivíduos com idade superior 18 anos, de qualquer sexo. Também pode ser realizada se o IMC estiver entre 35kg/m² e 40 kg/m² e o paciente apresentar diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, hérnia de disco ou outras doenças associadas e a ausência de distúrbios psiquiátricos.