postado em 14/03/2009 09:16
Agentes da Polícia Federal de São José do Rio Preto (SP) suspeitam que os integrantes da rede de pedofilia descoberta em Catanduva, a 385km da capital paulista, colocavam material pornográfico infantil na internet, o que é considerado crime federal. Crianças abusadas sexualmente confirmaram à Justiça que posaram nuas para fotos e foram filmadas sem roupas em orgias envolvendo mais de um adulto. Desde o ano passado, há fotos e filmes de pornografia infantil com a polícia de Catanduva. Na quarta-feira (11/03), mais computadores, celulares e documentos foram apreendidos para perícia nas casas de quatro suspeitos de integrar a rede ; dois dos quais foram presos.
Até agora, oito homens, entre empresários, médicos e comerciantes, foram reconhecidos pelas crianças. Seis estão presos e dois estão foragidos. As denúncias de abuso sexual de crianças começaram no ano passado. Apenas um borracheiro e o sobrinho dele haviam sido presos. O sobrinho conseguiu habeas corpus e foi solto.
Indignadas com o que consideravam descaso da polícia e do Ministério Público, as mães procuraram a Vara da Infância da cidade, onde a investigação recomeçou. Até agora, 40 crianças, entre meninos e meninas de até 15 anos, foram identificadas como vítimas do bando. Os menores são moradores de um bairro pobre da cidade e foram atraídos para as casas dos agressores com a promessa de ganharem pipas e doces ou de jogar videogame. Um médico e um empresário da cidade de Catanduva, acusados de integrar a rede, são procurados pela polícia. Eles estão com as prisões temporárias decretadas e são considerados foragidos pela justiça.