postado em 17/03/2009 10:00
Um novo empreendimento de alto padrão na região do Campo Belo, na zona sul de São Paulo, vai reunir uma torre comercial, um minishopping center, um miniparque e três prédios residenciais.
Com seis meses de anúncio, cerca de 70% das unidades já foram vendidas para paulistanos que pretendem morar, trabalhar e se divertir nesse bairro privativo.
Com a promessa de comodidade, qualidade de vida, tranquilidade e segurança, os empreendimentos ;quatro em um; são erguidos atualmente unindo num mesmo espaço moradia, trabalho, lazer e consumo.
Até 2011, serão sete lançamentos desse tipo. Se por um lado esses empreendimentos multifuncionais servem como alento ao trânsito, propondo um novo jeito de viver dentro da metrópole, muitos urbanistas torcem o nariz para o que consideram empobrecimento da questão urbana.
;É possível sim integrar esses projetos à cidade, mas não dá para fechar todas as portas, erguer muros de 7 metros e criar bairros fechados e autossuficientes;, diz o arquiteto e urbanista Cândido Malta, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).
Já a empresária Lucia Barra está de malas prontas para mudar para um apartamento nesses complexos. ;Não é só a comodidade de pegar um elevador para ir ao cinema ou tomar um sorvete e comprar um livro, mas a sensação de segurança também é muito maior;, diz a empresária.
Para arquiteto Jonas Rabinovitch, que há 15 anos trabalha em Nova York como coordenador de Desenvolvimento Urbano da Organização das Nações Unidas, ;o problema é que a inserção de um prédio no seu entorno urbanístico é sempre uma questão importante para a cidade.
Se o condomínio em questão significar a criação de um gueto físico, social e econômico, isso obviamente não pode ser bom para a cidade.; As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: Agência Estado