Brasil

Inquérito sobre confronto entre polícias culpa governo

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postado em 18/03/2009 09:51
O inquérito que deveria descobrir os culpados pelo confronto entre as Polícias Civil e Militar em frente ao Palácio dos Bandeirantes, em outubro do ano passado, aponta para a atuação da Polícia Militar e do governo de São Paulo no caso. A atuação de seus integrantes é alvo de críticas da maioria dos depoimentos de policiais civis e militares ouvidos na apuração da Corregedoria da Polícia Civil. A maioria dos policiais civis aparece no inquérito como vítimas das bombas e balas de borracha da PM. Depois de cinco meses de apuração não foram identificados os autores dos tiros de fuzil contra o Palácio nem o policial civil que atirou no coronel Danilo Antão Fernandes. Também não há informação sobre a identidade dos policiais civis que danificaram nove viaturas da PM ou dos autores das lesões nos 35 policiais feridos na batalha ocorrida em 16 de outubro de 2008. Naquele dia, policiais civis grevistas - a paralisação durou 58 dias - foram à sede do governo, onde é proibido manifestações. Um esquema de segurança foi montado para impedi-los. A cúpula da Secretaria da Segurança Pública sabia que policiais civis pretendiam ir até o palácio armados. O Serviço de Informações da PM alertou o comando-geral da corporação para essa possibilidade, dias antes do confronto entre PMs e civis que deixou 32 feridos. A revelação foi feita pelo coronel Danilo Antão Fernandes, ao depor no inquérito feito pela Corregedoria da Polícia Civil sobre o caso. Aberto para apurar a confusão, o inquérito de cinco volumes mostra policiais civis como vítimas e militares como averiguados. O jornal O Estado de S. Paulo procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Se sabia que policiais compareceriam armados ao Palácio dos Bandeirantes, por que não agiu? Para ela, a questão caberia à Delegacia Geral, que não respondeu à reportagem. Também se procurou a SSP para saber se algum policial civil foi indiciado. Nesse caso, a resposta foi a de que ninguém foi indiciado, mas 40 foram ouvidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. fonte: Agência Estado

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