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Dois idosos morrem de ataque cardíaco presos em alagamentos na Grande SP

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postado em 18/03/2009 11:24
Pelo menos 19 semáforos amanheceram apagados nesta quarta-feira (18/3) e dificultam o trânsito na capital paulista, castigada por um forte temporal. A tempestade, que começou por volta de 16h desta terça-feira (17/3), provocou duas mortes e trouxe caos à cidade. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) colocou todas as regiões em estado de atenção. O Ipiranga ficou em estado de alerta. Carros, ônibus e até caminhões ficaram submersos. Pelo menos 63 ocorrências de pessoas ilhadas foram registradas. Duas pessoas passaram mal e morreram de ataque cardíaco durante o congestionamento, que chegou a 201 km, recorde do ano. O empresário Ciro de Souza Nogueira, de 81 anos, um dos fundadores da Brinquedos Bandeirante, morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante o temporal que atingiu a capital paulista na tarde desta terça-feira. Ele estava com um motorista e um enfermeiro dentro de um Toyota Corolla, que começou a ser arrastado pela água que cobriu a Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo, na Vila Prudente, Zona Leste, ao lado do Viaduto Grande São Paulo. Moradores de uma favela da região ajudaram a carregar o empresário para dentro de um bar, onde ele morreu depois de receber os primeiros-socorros. O outro morto é o aposentado José Mendes Moreira Filho, de 74 anos. Ele teve o carro invadido pelo aguaceiro na Avenida do Estado, na esquina com a Rua Pedro Alexandrino, no Bairro da Fundação, em São Caetano do Sul. Uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros foi até o local e tentou reanimar o aposentado, mas ele não resistiu. A zona sul de São Paulo foi a mais castigada pela chuva forte com vários pontos de alagamentos e transbordamento de dois córregos. No Centro, o túnel do Anhangabau encheu de água. Na Avenida do Estado, não se distinguia o que era água ou córrego. A Via Anchieta, acesso da Baixada Santista à capital, ficou submersa no trecho de São Bernardo do Campo. Os córregos Ipiranga e Ribeirão dos Meninos, na zona sudeste, transbordaram e inundaram ruas próximas, já no ABC paulista. São Caetano do Sul e Anto André ficaram isolados. O pátio da montadora Ford alagou, deixando carros zero quilômetro sob a água. De acordo com os meteorologistas, nesta tarde, choveu metade do esperado para todo o mês de março. A estação medidora automática do Mirante de Santana, na zona norte, operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia, registrou quase 61 milímetros de chuva entre 13 horas e 20 horas. Quase toda a chuva (cerca de 42 milímetros) caiu em apenas 1 hora, entre 16 e 17 horas. - É muita chuva em pouco tempo, segundo a meteorologista José Pegorin, da Climatempo. Tecnicamente, 50 milímetros de chuva acumulados em 24 horas é considerado uma quantidade elevada de precipitação. O Centro de Gerenciamento de Emergências decretou estado de atenção em toda a cidade por volta das 16h, quando o ceú escureceu e a chuva desabou. Por volta das 18h, a cidade tinha 60 alagamentos registrados. É bem possível que tenha sido bem mais, pois nem todos costumam ser registrados em meio ao caos. Na Avenida Ricardo Jafet, na zona sul da capital, os bombeiros foram chamados para resgatar pessoas que ficaram presas em carros, no meio da enchente. Muitas delas subiram no teto dos veículos para escapar da enxurrada. A mesma cena se repetiu na Avenida do Estado. Por causa dos alagamentos, a secretaria de Transporte acabou suspendendo o rodízio durante a tarde. Mas ele volta a vigorar hoje. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) teve que interromper a circulação dos trens da Linha 10-Turquesa, que liga a estação da Luz, no centro da capital, até Rio Grande da Serra. Os trens não circularam entre as estações Santo André e São Caetano. Pouco antes das 16h, a Via Anchieta foi completamente interditada na altura do km 13, em função do transbordamento do Ribeirão dos Couros. A pista sentido litoral só foi parcialmente liberada após 18h30m. O CGE registrou rajadas de vento de 63 km/h no Campo de Marte, na zona norte da capital, às 16h e às 16h15m. No aeroporto de Congonhas, os ventos chegaram a 47 km/h às 16h45m. Todas as entradas para a cidade de São Caetano do Sul inundaram e o município ficou praticamente isolado. Vários bairros ficaram alagados e os bombeiros usaram um bote de borracha para resgatar pessoas ilhadas em residências. Em São Bernardo do Campo, o pátio de veículos da Ford ficou inundado e uma parte dos carros novos foi atingida pela água. De acordo com AES Eletropaulo, vários pontos da capital e da Grande São Paulo ficaram sem energia porque a rede elétrica foi afetada por ventos, descargas elétricas e quedas de árvores. Pelo menos 500 técnicos foram colocados nas ruas para reparar o abastecimento. De acordo com a empresa, os alagamentos prejudicaram o trabalho, porque dificultavam o acesso das equipes aos locais com problema. Segundo a AES Eletropaulo, no município de São Paulo, foram afetados principalmente trechos dos bairros de Pirituba, Casa Verde, Pinheiros, Vila Clementino, Jardim Aeroporto, Planalto Paulista e região central, além de pontos espalhados pelo Grande ABC. As informações são do jornal O Globo e da rádio CBN

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