postado em 19/03/2009 09:07
O projeto Rios Voadores divulgou nesta quarta-feira (18/3) as primeiras análises dos dados coletados pelo engenheiro Gérard Moss. Durante dois anos, ele realizou 12 viagens com um avião monomotor para investigar os itinerários da água evaporada na Amazônia - os ;rios voadores; que dão nome à pesquisa. O estudo preliminar confirma o impacto da floresta no regime de chuvas das Regiões Sudeste e Sul.
Foram coletadas cerca de 500 amostras de vapor de água em diferentes altitudes. ;É uma ótima base de dados para aperfeiçoar nossos modelos;, afirma Pedro Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
Durante a apresentação, Moss descreveu a viagem realizada entre 4 e 11 de fevereiro do ano passado. Na ocasião, ele acompanhou um ;rio voador; que percorreu a Amazônia e, depois de esbarrar na Cordilheira dos Andes, chegou a São Paulo.
Moss esclarece que nem toda a água que sai da Amazônia transforma-se em chuva no sul do continente. ;Ela está disponível para cair como chuva;, afirma o explorador. ;Mas há outras variáveis importantes que determinam se isso vai acontecer realmente;.
Também recorda que fluxos oriundos de outras regiões - especialmente do Atlântico - exercem um papel fundamental no regime de chuvas. Dias afirma que ainda é difícil prever os efeitos do desmatamento no regime de chuvas, mas eles podem incluir tanto secas quanto enchentes em outros Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: Agência Estado