postado em 19/03/2009 09:53
A bacia do Rio Tamanduateí em São Paulo deveria ter em operação hoje 46 piscinões, de acordo com o Plano Diretor de Macrodrenagem. Até hoje, no entanto, foram construídos 17 reservatórios, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) - autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Saneamento e Energia.
Há também outros dois piscinões em execução. Os equipamentos de contenção represariam a água da chuva e evitariam grandes enchentes, como as que provocaram o caos na capital e no ABC paulista na terça-feira (17/3).
A comparação entre os picos de vazão ao longo do tempo revela o nível de saturação do rio. A calha atual, projetada nos anos 1970, tem vazão de 480 m³ de água por segundo. Atualmente, chegam ao Rio Tietê pela foz do Tamanduateí 800 m³/s. ;Por isso, toda vez que chove o que sobra transborda;, diz Julio Cerqueira Cesar Neto, engenheiro da área sanitária e ambiental e ex-presidente da Agência da Bacia do Alto Tietê.
Técnicos do DAEE calculam também que o pico de vazão poderá aumentar a níveis alarmantes caso não sejam implementadas intervenções rápidas. Se os piscinões do Programa de Combate às Inundações estivessem construídos, a situação melhoraria. ;Estamos fazendo a revisão antecipada do plano de drenagem e, em breve, vamos apresentar aos prefeitos um novo plano diretor.
O projeto é construir novos reservatórios para quase 7 milhões de m³ de água. Hoje, 2 milhões de m³ são necessidade urgente. Mas as áreas disponíveis para essas obras estão cada vez mais difíceis;, explicou Ubirajara Tannuri Félix, superintendente do DAEE. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: Agência Estado