postado em 19/03/2009 12:50
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, reuniu-se nesta quinta-feira (19/3) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu a criação de um registro de identidade único válido em todo o país. A idéia de Ayres Britto é reunir, num único cartão, com chip, informações sobre carteira de identidade e de motorista, registro previdenciário e título eleitoral.
Se adotado, o novo registro facilitará o voto em trânsito, uma das principais propostas do presidente do TSE para democratizar ainda mais o processo eleitoral. Para ele, a base para essa nova carteira de identidade poderiam ser os registros do próprio TSE, que tem 130 milhões de pessoas cadastradas.
"Com um só cartão magnético, dotado de um chip, o cidadão terá sua carteira de identidade civil, previdenciária, de trânsito, fiscal em um só cartão magnético. Estamos caminhando na direção do voto em trânsito, em qualquer lugar do país a pessoa vai poder votar, e a fraude será combatida com muito mais eficácia, porque vamos cruzar os dados biométricos e bancos de dados de vários órgãos públicos. Valor inestimável no combate ao crime, à sonegação fiscal, a correntistas bancários fantasmas", informou.
Segundo ele, a Justiça Eleitoral firmará convênio com a Polícia Federal.
"Temos 27 unidades federadas produzindo carteiras de identidade. Queremos substituir essa pluralidade de identificação civil por uma só matriz produzindo essa carteira de identidade contendo um chip carregado com suas identificações previdenciária, eleitoral, fiscal, civil, de trânsito. É a tecnologia mais avançada a serviço da ética, da democracia", explicou.
De acordo com Ayres Britto, Lula demonstrou interesse no projeto e afirmou que buscará uma forma de financiá-lo.
O ministro também discutiu com o presidente a ampliação do número de eleitores identificados biometricamente (pela impressão digital por meio eletrônico). Atualmente, apenas 43 mil eleitores são identificados dessa maneira. A meta é aumentar esse universo para 4 milhões.
Texto de Chico de Gois