Brasil

Presidente da EPE critica preferência de órgãos ambientais por usinas térmicas

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postado em 23/03/2009 15:03
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim questionou hoje (23), a preferência dos órgãos ambientais por usinas termelétricas em relação às hidrelétricas. Além de cobrar agilidade no licenciamento das usinas hidrelétricas, ele Tolmasquim disse que ;acha estranha; a avaliação sobre as térmicas e afirmou que fica ;indignado; com a opção por um modelo mais poluente que o outro. "Para o país, o setor ambiental acha a térmica melhor. Acho estranha essa avaliação, mas os fatos mostram isso", afirmou durante seminário sobre o modelo energético brasileiro, realizado na capital fluminense. Tolmasquim disse que, em 2008, apenas uma hidrelétrica com capacidade de gerar 350 megawatts recebeu licença prévia enquanto 93 térmicas, capazes de fornecer 22 mil megawatts, obtiveram a mesma autorização. ;É estranho que, depois de assinalarmos o efeito disso [opção pelas térmicas], o quanto vai causar, em termos de aumento de emissão [gás carbônico], os ambientalistas fiquem surpresos e indignados;, disse. ;Indignado fico eu de ver esse absurdo, de não dar licença para hídricas e dar para térmicas. Ou seja, em nome do meio ambiente, nunca se fez tanto mal ao meio ambiente;, protestou. O presidente da EPE destacou a importância das térmicas para a matriz energética brasileira, mas explicou que, devido à combustão, elas emitem mais gases poluentes que as hidrelétricas, geradoras de eletricidade por meio do potencial hidráulico dos rios. Segundo Tolmasquim, uma das metas para 2009 é reverter a preferência dos órgãos ambientais pelas térmicas e aproveitar a capacidade hidrelétrica brasileira, que hoje está em um terço do total. Para isso, ele cobrou agilidade dos órgãos ambientais. ;Esperamos uma reversão. Temos que acelerar o licenciamento de hidrelétricas, que estavam meio parados. Mas isso está ocorrendo e esperamos, esse ano, leiloar a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), e outras usinas menores como as do Rio Parnaíba", acrescentou.

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