Brasil

Começa a sessão que decide se casal Nardoni vai a júri popular

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postado em 24/03/2009 10:21
Começou a sessão do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo que vai analisar o pedido do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para não ser julgado por júri popular. O recurso foi apresentado pelos advogados de defesa do casal, cuja estratégia é adiar ao máximo qualquer decisão da Justiça sobre o caso. O recurso foi apresentado no fim do ano passado. O casal já teve negados pelo menos 11 pedidos para responder ao processo em liberdade. O subprocurador-geral da República Mário José Gisi enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer em que recomenda que os dois continuem presos até o julgamento. O casal é acusado de matar a menina Isabella, filha de Alexandre Nardoni, em 29 de março do ano passado. O pedido para que não sejam julgados por júri popular será julgado pelos desembargadores Luis Soares de Mello, Euvaldo Chaib e Salles Abreu, da 4ª Câmara Criminal. Alexandre e Anna Carolina Jatobá respondem por homicídio doloso triplamente qualificado e por fraude processual (alteração da cena do crime). Segundo a polícia, Isabella, de 5 anos, foi estrangulada pela madrasta e arremessada do 6ª andar do edifício London, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo, pelo pai, que cortou a rede de proteção da janela do quarto dos filhos. O casal nega o assassinato. O promotor Francisco Cembranelli afirma que os advogados tentam fazer com que o caso caia no esquecimento. "É claro que tudo isso será reavivado e muito por ocasião do julgamento, ainda que ele demore um pouco. Se dependesse de mim, o julgamento já teria acontecido", disse Cembranelli. Segundo o promotor, se os desembargadores negarem o recurso da defesa, o julgamento será marcado imediatamente. Porém, ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mãe da menina Isabella, Ana Carolina Oliveira, diz que quer ter outro filho e que sente uma saudade imensurável da garota. Em uma entrevista exclusiva ao Globo, durante a qual chorou várias vezes, Ana Carolina afirma que ainda não consegue ter uma vida normal e que sofreu várias recaídas. O que a mais deixa triste é não conseguir sentir o cheiro de Isabella nas roupas. Ana Carolina pensa em ter outros filhos e se apegou muito à afilhada, Giovana, que tem a mesma idade de Isabella.

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