postado em 24/03/2009 18:18
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pretende executar 317 operações de combate ao desmatamento em 2009 - cerca de 100 a mais que no ano anterior - com alvo principalmente no desmate de pequenas áreas, de acordo com o coordenador de Operações de Fiscalização do instituto, Roberto Cabral.
;A pulverização dos polígonos de desmatamento é uma tendência que verificamos. São áreas menores, com menos de 25 hectares, em que os desmatamentos acontecem de forma concomitante;, disse Cabral nesta terça-feira (24/03) durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Hoje o governo ampliou a lista dos 36 municípios que mais desmatam a Amazônia. Sete cidades foram incluídas, entre elas uma de Roraima (Mucajaí) e uma do Maranhão (Amarante do Maranhão), estados que não apareciam no primeiro ranking dos municípios mais desmatadores, criado em 2007.
Além da previsão de mais de 300 operações, a unificação de comandos das ações de fiscalização ambientais ; que geralmente incluem as polícias Federal e Rodoviária Federal ;, a contratação de novos agentes e investimentos em tecnologia estão entre as prioridades do planejamento do Ibama para 2009, segundo informou Cabral. ;Queremos criar a multa eletrônica e investir em novo sistemas de comunicação;, disse.
A mudança no perfil da repressão ao desmatamento ; com mais valorização das ações de inteligência e prevenção ; também foi citada pelo diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, como uma das diretrizes da política ambiental para este ano.
;O eixo mais difícil [da política de combate ao desmatamento] é exatamente o fomento a atividades produtivas sustentáveis [para substituir as derrubadas ilegais]. Nesse sentido, a Operação Arco Verde vai ganhar força no segundo semestre;, afirmou Pires.
A Operação Arco Verde prevê iniciativas como regularização fundiária, ações de assistência técnica, o preço mínimo para produtos extrativistas e até a criação de uma linha de crédito para financiar a recuperação de áreas degradadas.