postado em 27/03/2009 15:41
O número de moradores desabrigados em conseqüência do incêndio ocorrido nesta sexta-feira (27/03) na empresa Dial Química Distribuidora, no Jardim Ruyce, no sul de Diadema, no ABC Paulista, ainda está sendo levantado pela Defesa Civil do município. O fogo destruiu praticamente toda a empresa onde estava armazenada grande quantidade de galões e tambores com materiais inflamáveis como solventes e outros produtos destinados fabricação de material de limpeza e parte das casas vizinhas.
Pelo menos 15 casas foram atingidas pelo incêndio, que começou pouco depois das 7h e só foi controlado por volta das 11h. O trabalho de rescaldo continua, com resfriamento das áreas afetadas. De acordo com o coronel Valdeir Rodrigues Vasconcelos, comandante da operação, os bombeiros não trabalham com a possibilidade de que alguém possa ter morrido. Mas, segundo ele, só será possível afirmar que não há mortos quando a operação terminar.
A área vizinha empresa que foi mais atingida é a Rua Henrique de Léo, onde casas ficaram com paredes pretas por causa da fuligem. Por medida de segurança, foram isolados três quarteirões. O fornecimento de energia elétrica teve de ser interrompido logo nos primeiros momentos do trabalho dos bombeiros. Quarenta viaturas e 120 homens da corporação atuaram no combate s chamas.
Durante toda a manhã, rolos de fumaça preta em meio a labaredas de mais de 50 metros de altura podiam ser vistos a uma distância de cerca de oito quilômetros, s margens da Rodovia Imigrantes, no sentido litoral. Também ocorreram várias explosões. O calor das chamas podia ser sentido a uma distância de 200 metros, assim como o cheiro dos produtos químicos ao redor do galpão incendiado.
Segundo o tenente Miguel Jotas, alguns dos produtos armazenados no local são canceríngenos. Nenhum representante da empresa compareceu no local durante os trabalhos. A assessoria da prefeitura informou que a distribuidora tinha licença de funcionamento desde 2008.
Um dos moradores da área vizinha empresa, João Nunes Coelho contou que vive há 17 anos no local e que não tinha conhecimento de que estava tão próximo de material explosivo. O coordenador da Defesa Civil, José Pereira dos Santos, informou que as pessoas que não puderem retornar s suas casas serão abrigadas, provisoriamente, em uma escola municipal.