postado em 02/04/2009 14:15
Um desempregado manteve em casa durante cerca de dois meses o corpo da mãe, uma idosa de 83 anos, informou hoje a Polícia Militar (PM) em Bom Despacho, na região centro-oeste de Minas Gerais. Após receberem ontem um chamado de Renato Ribeiro, policiais e agentes funerários se depararam com uma cena chocante: em adiantado estado de decomposição, o corpo da idosa permanecia sentado numa cadeira, na entrada do quarto da residência. "Estava praticamente só o esqueleto", contou o capitão Geraldo Elias de Araújo, comandante da companhia da PM na cidade.
Ribeiro havia solicitado serviços funerários informando sobre a morte da mãe, a aposentada Maria Lila Prado. A PM e agentes funerários se deslocaram para a residência onde mãe e filho viviam reclusos, no distrito Engenho do Ribeiro, área rural do município. Quando chegaram no local, sentiram um forte odor vindo da casa. Os PMs decidiram arrombar a porta que estava trancada e encontraram o corpo.
O desempregado foi levado para a delegacia de Bom Despacho, onde prestou depoimento. Ele alegou que não queria que vizinhos soubessem da morte da mãe e por isso manteve o corpo dela na casa fechada. Durante todo esse tempo, usava papel higiênico para "limpar" o corpo decomposto. O desempregado contou aos agentes funerários que para suportar o forte cheiro jogava desinfetante, água sanitária e pedras de naftalina no chão.
Aos policiais militares, ele disse que sua mãe havia falecido no dia 3 de março, mas peritos e um médico legista constataram que a idosa teria morrido há cerca de 60 dias. A hipótese de homicídio foi descartada, já que o corpo não apresentava sinais de violência. A polícia entendeu que não houve crime de ocultação de cadáver. Depois de ouvido, Ribeiro foi liberado.