Brasil

Menino de 2 anos morre após cair de prédio

;

postado em 03/04/2009 13:25
A morte do menino João Pedro Souza Silva, que completaria 3 anos em julho, será investigada a partir desta sexta-feira (3/4) pela Polícia Civil. No fim da noite da quinta-feira (2/4), a criança caiu de uma altura de 15 metros da janela do apartamento 305 da Avenida do Contorno, 2.318, na Floresta, na área central de Belo Horizonte. Ele estava com sua tia, Verônica Souza Silva, de 23, que contou aos policiais que se encontrava do lado de fora do imóvel com uma amiga, com quem mora, e quando entrou não viu o sobrinho, mas apenas uma cadeira próxima à janela aberta. De acordo com o sargento Kennedy Quintão, da 3ª Companhia do 1º Batalhão da PM, quando passava próximo ao prédio, por volta das 23h30, o porteiro fez sinal e lhe pediu ajuda. ;Ele disse que uma mãe estava desesperada pois o filho tinha desaparecido. Ao chegar no apartamento, constatamos a queda da criança, cujo corpo estava numa área nos fundos de uma empresa. Isolamos o local e chamamos o pessoal do Corpo de Bombeiros para resgata-la;, afirmou Quintão. O tenente Jadson da Paixão, do 1º Batalhão dos Bombeiros, disse que as equipes tiveram dificuldades para chegar ao local em que estava o corpo. ;Tivemos que usar um equipamento de rapel, para um rápido acesso. Como a criança não apresentava os sinais vitais, chamamos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu);. O médico Adriano, do Samu, constatou o óbito e os peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil foram acionados. Em estado de choque e amparada pela amiga e vizinhos, Verônica não teve condições de falar dos momentos que antecederam a queda. Em desespero e tremendo muito, ela apenas clamava para que o sobrinho não morresse. Aos PM a jovem disse que João Pedro estava no apartamento há duas semanas, vindo de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde morava com a avó materna, Maria das Graças Souza Silva. ;Ela falou que seu sobrinho sofria de asma, e por isso saiu do apartamento junto com a amiga para fumar no corredor;, explicou o sargento Kennedy. A mãe do menino, Paula Cristina Souza Silva, mora na Itália, e como o pai teria morrido, a avó ficou com a guarda do neto. O apartamento, de apenas dois cômodos (um quarto e banheiro), aparentemente revirado, foi isolado pelos policiais militares para que os peritos pudessem fazer os levantamentos. Pelo o lado de fora se observava a janela escancarada e parte da persiana arrancada, sugerindo que o menino tenha segurado nela para evitar a queda. O corpo foi parar a certa distância em relação ao alinhamento da parede, e somente os levantamentos da perícia vão apontar se ele foi lançado ou teve queda acidental. O prédio da Contorno 2.318 é um misto de residencial e comercial. No local já funcionou até mesmo o Consulado Espanhol. Hoje, por contratos de aluguel mensal, os pequenos apartamentos com quarto e banheiro são alugados por R$ 550, o que leva a uma grande rotatividade de moradores, sem vínculos de vizinhança. Mesmo não conhecendo Verônica, alguns moradores disseram que na noite da quinta escutaram muito barulho e gritaria no apartamento, o que não era comum no imóvel em que a jovem morava com a amiga. ;Não sei se os moradores do prédio em frente ouviram ou viram algo. Mas aqui foram vários moradores que escutaram os gritos e depois um barulho que parecia ser do corpo da criança atingindo o solo. Mas ninguém disse ter visto algo que não sugerisse uma queda acidental;, comentou um dos vizinhos.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação