postado em 05/04/2009 09:17
Mesmo com toda a correria do dia a dia ; que envolve compromissos profissionais e educacionais, além das tarefas domésticas e outras responsabilidades da vida moderna ;, é possÃvel perceber que o brasileiro está cada vez mais preocupado com a saúde e a forma fÃsica. Em 2008, 16,4% da população eram considerados ativos, de acordo com as recomendações da Organizações Mundial de Saúde (OMS). Em 2007, essa taxa ficou em 15,5% e, em 2006, em 14,9%. O aumento do número de praticantes de atividades fÃsicas durante o lazer vem acompanhado com a redução, de forma mais acentuada, do percentual de sedentários. Pelo menos 26,3% encontravam-se nessa condição em 2008. No ano anterior, eram 29,2%. Apesar da ligeira mudança de hábito, a maioria (57,3%) pratica atividades fÃsicas insuficientes e irregulares (leia quadro) ; são os chamados atletas de fins de semana. Os números fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
A inatividade fÃsica é responsável por 22% dos casos de doença isquêmica do coração e por 10% a 16% dos casos de diabetes e de cânceres de mama, cólon e reto, segundo estimativas da OMS. ;Várias doenças não transmissÃveis podem ser prevenidas com a prática regular da atividade fÃsica. Por isso a importância da promoção regular de exercÃcios e alimentação saudável, e da redução do consumo do álcool e do tabaco;, lembra o diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde e um dos coordenadores do estudo, Otaliba Libânio.
Realizado sob encomenda do Ministério da Saúde, o estudo entrevistou 54 mil pessoas de todas as classes sociais a partir dos 18 anos, entre abril e dezembro de 2008. O levantamento foi feito nas 26 capitais e no Distrito Federal. Os dados mais recentes da pesquisa, que ocorre desde 2006 e está em sua terceira edição, revelam que os homens (20,6%) praticam atividade fÃsica com mais frequência do que as mulheres (12,8%). Entre o sexo masculino, a faixa etária mais ativa está entre os 18 e os 24 anos (31,3%), taxa que declina a 15,1% entre os 45 e 54 anos.
Entre o sexo feminino, porém, a situação mais favorável é encontrada na faixa dos 35 a 44 anos (14,7%). O resultado mais crÃtico está entre as mais jovens (18 a 24 anos): apenas 10,8% praticam atividade fÃsica com regularidade. ;Em ambos os sexos, quanto maior a escolaridade, maior o percentual de sedentarismo;, revela Deborah Malta, coordenadora-geral da área de Doenças e Agravos Não TransmissÃveis do ministério e uma das coordenadoras da Vigitel.
Especialista: prática de exercÃcios reduz doenças crônicas(05/04)