postado em 05/04/2009 19:45
Pesquisa do Centro de Estudos do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro mostra que nem todo mundo quer ganhar ovo de chocolate nesta Páscoa. Algumas pessoas estão preferindo roupas, calçados, celulares e CDs, e as crianças, brinquedos.
O presidente do Centro de Estudos, Aldo Gonçalves, explicou que o comércio está apostando na Páscoa para aumentar as vendas. Segundo ele, é uma data que remete infância e tem forte carga de romantismo. Então, nós estamos estimulando a venda de brinquedos, bichos de pelúcia, CDs e roupas infantis, afirmou.
Segundo Gonçalves, a data não é só voltada para as crianças, mas também para os casais de namorados. Ele acredita que a Páscoa, que marca o fim da Quaresma e a ressurreição de Cristo, está se tornando um segundo Dia dos Namorados.
A pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas mostra ainda que é esperado nesse período um crescimento de 7% nas vendas do comércio, incluindo outros produtos que não são típicos da Páscoa.
O chocolate, no entanto, não perdeu o seu lugar entre mais vendidos nesta época. O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de produção de ovos, ficando atrás apenas da Inglaterra, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).
De acordo com o presidente da Abicab, Getúlio Ursulino Neto, mesmo em meio crise econômica mundial, o setor de chocolates está otimista. A produção teve aumento de 5% em relação a 2008, somando cerca de 24 mil toneladas de ovos.
Em relação aos preços, eles devem ficar 8% mais caros se comparados ao ano passado. Na opinião de Ursulino Neto, eles estão em uma faixa que o consumidor pode pagar. Um tablete é R$ 1,00, um bombom é R$ 0,50 e, na Páscoa, um ovo de bom tamanho está entre R$ 15,00 e 18,00, não é um valor exorbitante, disse.
O setor de supermercados também aposta no aumento das vendas dos produtos da época, como peixes, vinhos, azeites e chocolates em geral. A projeção é da Associação Brasileira de Supermercados