postado em 11/04/2009 10:13
As doenças cardiovasculares se mantêm como a principal causa de morte dos brasileiros, mas o índice de óbitos por enfartes, derrames e problemas coronarianos só cai no País, graças ao avanço da medicina na área e à melhoria no atendimento nos hospitais. No entanto, isso ocorre num ritmo mais acelerado nas regiões mais desenvolvidas do que nas mais pobres.
Essa é a conclusão de um estudo que analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde de 1980 a 2003. No período, a taxa de mortes a cada 100 mil habitantes passou de 287,3 para 161,9, com um decréscimo anual de 3,9% - embora o número absoluto de óbitos tenha aumentado e siga essa tendência nos próximos anos, à medida em que a população brasileira cresce e envelhece.
O derrame foi o que mais caiu: no Nordeste, 3%; no Centro-Oeste, 3,6%; no Sul, 4,1%; no Sudeste, 4,4%. Com relação às doenças isquêmicas, a diferença é ainda maior: a queda no Nordeste foi de 1,5%; no Centro-Oeste, 2,8%; no Sul, 3,2%; no Sudeste, 4%. Em geral melhores do que a média brasileira, as taxas da região Norte não foram consideradas confiáveis, em função do grande fluxo migratório de lá para outras regiões brasileiras nos 24 anos estudados.