postado em 15/04/2009 08:47
O Brasil está próximo de alcançar a meta de investir 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Em 2007, 4,6% do total das riquezas do país foram aplicadas no setor, segundo números divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2000, o percentual era de 3,9%. As estatísticas também mostram que os gastos com os alunos do ensino superior estão se aproximando dos custos da educação básica.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, prevê que, nesse ritmo, o país vai conseguir, já no próximo ano, atingir a meta de investimento (6%) estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PDE). Com isso, ficará acima da média recomendada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 5%. Para Haddad, a queda na arrecadação de tributos não vai interferir no planejamento do MEC. ;O Estado brasileiro tem condição de priorizar a área. Foi uma decisão política tomada e que já teve impacto. Esse foi o maior patamar da história;, comemora, referindo-se aos 4,6% observados em 2007.
Além do orçamento robusto com que o MEC conta ; entre 2008 e 2009 foram R$ 10 bilhões, ou 0,3% do PIB ;, Haddad lembra que os números divulgados ontem ainda não incluem os repasses totais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No período analisado (2007), primeiro ano de vigência do Fundeb, apenas R$ 700 milhões foram aplicados. Já neste ano, a previsão é que o fundo invista R$ 5,1 bilhões na educação.
Investimento
Outra notícia dada pelo ministro é que o investimento anual em cada estudante da rede pública subiu de R$ 1.574, em 2000, para R$ 2.335 em 2007. O maior aumento foi verificado para os estudantes da educação básica, que inclui os ensinos infantil, fundamental e médio. Nesse último caso, o valor, que em 2003 era de apenas R$ 902, pulou para R$ 1.572.
As estatísticas do Inep mostraram também que o percentual de gastos da educação superior sobre a básica está diminuindo o que, segundo Haddad, é uma prova de que o país não investe prioritariamente nas graduações e pós-graduações. Em 2000, um aluno do ensino superior custava R$ 14.485, ou 11,1 vezes mais que o estudante do ciclo básico. Esse percentual caiu para 6,1% em 2007. De acordo com Haddad, a queda nos gastos com os universitários não significou redução da qualidade. ;As taxas de evasão diminuíram e as de conclusão aumentaram. Isso é resultado da eficiência;, diz.