Brasil

Estudantes fazem passeata em São Paulo em defesa do fim do vestibular

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postado em 15/04/2009 13:27
São Paulo - Cerca de mil estudantes fecharam duas das quatro faixas da Avenida Paulista, em uma manifestação pelo fim do vestibular realizada na manhã desta quarta-feira (15/4). Ao som de funk e música eletrônica, a passeata organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundarias (Ubes) seguiu do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em direção à Secretaria Estadual de Educação, no centro de São Paulo. e desceu agitando bandeiras. Os estudantes defendem um novo método de avaliação para ingresso na faculdade. Segundo a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, a proposta é que sejam aplicadas provas ao final de cada ano do ensino médio, com um método de avaliação mais voltado à interpretação do que ao acúmulo de conteúdo. Lúcia confirma que o Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) é um ;modelo; de formato para a proposta estudantil. O PAS é como o vestibular, só que dividido em três etapas, uma ao final de cada série do ensino médio. No entanto, a metodologia da avaliação defendida pelos estudantes estaria mais ligada à do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), em que as questões são mais analíticas e interpretativas. Esse novo tipo de avaliação daria ao aluno a oportunidade de se aperfeiçoar ao longo do ensino médio e se preparar melhor para ingressar no ensino superior, na avaliação do presidente da Ubes, Ismael Cardozo. ;[A avaliação em etapas] dá chance para o aluno ver o que ele errou e melhorar;. O novo Enem, que deverá funcionar como vestibular unificado para as universidades federais, é considerado uma ;resposta às demandas; do movimento estudantil, de acordo com Lúcia Stumpf. Mas ela acredita que essa ainda não é a maneira ideal de permitir o ingresso ao ensino superior. ;[O novo Enem] mantém a característica de uma prova única que define toda a vida acadêmica do estudante;, disse. Além do fim do vestibular, os estudantes se manifestam contra as cotas para cobrança de meia-entrada em eventos culturais, por mais recursos para a educação e contra a nomeação do novo secretário de Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza. Os estudantes dizem que desaprovam a gestão de Renato à frente do Ministério da Educação, no governo Fernando Henrique Cardoso.

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