postado em 16/04/2009 09:40
Rio de Janeiro - Em assembleia realizada na noite de quarta-feira (15/4), o Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro decidiu manter a greve que chega ao seu quarto dia hoje (16/4), prejudicando quase meio milhão de passageiros que utiliza os trens diariamente para trabalhar.
A concessionária SuperVia está operando com 60% da frota no horário de pico e com 40% no restante do dia. Assim como nos dias anteriores, ontem a empresa resolveu encerrar as operações uma hora e meia mais cedo por conta da falta de pessoal.
Por razões de segurança, a concessionária decidiu suspender a circulação de trens em dois dos cinco ramais que administra. Hoje à tarde, os sindicalistas vão à Delegacia Regional do Trabalho denunciar as condições de trabalho e justificar a greve.
Os maquinistas iniciaram a paralisação na segunda-feira (13/4) alegando falta de segurança nos trens. Desde então sete funcionários foram mandados embora. O sindicato dos ferroviários condiciona o retorno das atividades à reintegração de um total de 11 maquinistas demitidos. No entanto, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) recomendou ontem, após audiência, que fossem reintegrados apenas os sete maquinistas dispensados após o anúncio da paralisação.
A SuperVia, em nota, voltou a repudiar os atos retratados em imagens captadas pela imprensa de quatro agentes de controle agredindo passageiros, que já foram sumariamente demitidos. Nas imagens, eles aparecem dando murros e chicotadas em passageiros que insistiam em andar nos vagões com as portas abertas, o que é proibido. A Polícia militar determinou aos batalhões que deem mais atenção às estações ferroviárias, para garantir integridade física dos usuários.