postado em 06/05/2009 17:56
A desempregada Angélica de Souza Marques é acusada de ter planejado o assassinato da mãe adotiva, Julia de Souza Marques, na noite de terça-feira (5/5), em Santos. A aposentada, de 64 anos, recebeu três tiros e foi jogada de um barranco na Rodovia Mogi Bertioga, mas sobreviveu e está internada em estado estável na Santa Casa de Santos. A Polícia Civil ouviu a vítima no Pronto Socorro de Bertioga, na Baixada Santista. "Ela havia dado entrada no PS com três tiros, dois nas mãos e um no rosto, mas estava falante e muito indignada", contou o delegado titular de Bertioga, José Aparecido Cárdia. Segundo ele, Angélica pretendia se apoderar dos bens da mãe, que tem alguns imóveis e uma caderneta de poupança.
Moradora de Mogi das Cruzes, a aposentada havia saído de casa por volta das 19 horas, quando Luciano dos Reis a abordou, e, dizendo ser irmão de uma conhecida, Andrea Cristina dos Santos, pediu que o acompanhasse até a igreja. Julia então saiu de carro com o jovem e o companheiro de Andrea, Edilson Carlos Gonçalves Santana. No entanto, os dois homens não pararam na Igreja e seguiram até a Rodovia Mogi Bertioga, onde dispararam contra a vítima e a jogaram em um barranco na altura no quilômetro 83 da rodovia. Porém, o barranco era baixo e a aposentada conseguiu subir até a estrada e pedir socorro.
Após o depoimento, a polícia foi até a casa da vítima, em Mogi. "A filha tentou fugir quando nos viu e depois acabou confessando que foi a mentora intelectual do crime. Ela indicou os comparsas e nos levou até a casa do Santana, onde encontramos um revólver calibre 38", disse o delegado, que localizou os dois homens perto dali. "Eles estavam em uma pizzaria comemorando o sucesso da ação", explicou. Os quatro envolvidos no crime foram detidos. Criada como filha única, Angélica foi adotada aos dois meses por Julia e o marido, que não podiam ter filhos. O pai adotivo morreu há pouco tempo de enfarte.