postado em 09/05/2009 18:51
po acusou integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de terem matado bois e disparado com armas de grosso calibre contra os seguranças da propriedade, causando o conflito.
É o segundo enfrentamento armado entre seguranças do grupo e integrantes do MST na região. No final de abril, sete sem-terra e um segurança ficaram feridos em tiroteio na fazenda Espírito Santo, em Xinguara.
De acordo com a assessoria da Agro Santa Bárbara, empresa do grupo de Dantas, os seguranças da fazenda seguiram alguns sem-terra que se deslocavam pelos pastos da propriedade e se encontraram com outros invasores, que já teriam matado dezenas de cabeças de gado de elite da Maria Bonita. Quando notaram os seguranças, os sem-terra dispararam com armas de fogo. Os seguranças reagiram. O tiroteio foi intenso e durou vários minutos. Os invasores se dispersaram pela mata fechada.
Logo depois, outros sem-terra do acampamento na Fazenda Maria Bonita seguiram em direção aos seguranças, que ficaram acuados entre os dois grupos invasores. Não houve novo confronto porque os acampados voltaram para seus barracos.
De acordo com a assessoria, a Fazenda Maria Bonita é a mais produtiva do Pará, com produtividade quase cinco vezes superior à média do Estado. A propriedade está invadida desde o dia 25 de julho de 2008 pelo MST. Em agosto de 2008, a Agro Santa Bárbara, proprietária da fazenda, conseguiu mandado de reintegração de posse, mas o governo do Estado do Pará ainda não o cumpriu. Ontem, a administração denunciou à Polícia Civil a matança de pelo menos 30 cabeças de gado. O coordenador do MST no Pará, Charles Trocate, procurado por telefone, não foi localizado.