postado em 13/05/2009 18:58
Motoristas e cobradores mantiveram nesta quarta-feira (13/5), pelo terceiro dia consecutivo, a paralisação da categoria em Campinas, no interior paulista. Dos 850 ônibus da frota, 152 (17,8%) circularam pela manhã e 12 (1,4%) à tarde, contrariando determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região de colocar nas ruas 70% da frota nos horários de pico (das 7 às 9 horas e das 17 às 19 horas) e 50% nos demais horários. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou não ser possível mensurar quantos dos 280 mil a 300 mil passageiros que usam o sistema nos dias úteis foram afetados com a greve.
De acordo com dados da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), em três dias de greve foram registradas 32 casos de ameaça ou agressão a motoristas e cobradores e um contra passageiro. Além disso, 57 veículos foram danificados. O prejuízo com a paralisação estimado pelas empresas do setor é de R$ 2,4 milhões em três dias.
Os trabalhadores pedem reajuste de 18% para motoristas e 62% para cobradores. Os salários atuais são de R$ 525,17 para cobradores e R$ 1.288,13 para motoristas. O sistema de transporte possui 4 mil trabalhadores. A proposta inicial da Transurc era de 5,83% de reajuste, mas em audiência conciliatória, o TRT propôs 7,92% para motoristas e 14,3% para os cobradores. O tribunal também propôs aumento do valor do ticket-refeição de R$ 8,00 para R$ 8,90 e participação nos lucros e resultados em 20%, entre outros benefícios. Até o fim da tarde de hoje a categoria não havia aceitado as propostas.