postado em 13/05/2009 20:39
Apesar da preocupação com a saúde pública e com o surgimento de doenças comuns em meio às enchentes que atingem dezenas de cidades no Norte do país, a região conseguiu reduzir os casos de dengue em comparação a 2008. De acordo com relatório divulgado esta semana pelo Ministério da Saúde, de 1º de janeiro a 11 de abril deste ano, os estados amazônicos tiveram redução superior a 30% no número de registros de dengue, ou seja, foram pelo menos 15,4 mil casos a menos da doença.
Em Rondônia, o número de casos da dengue caiu de 6.631 para 4.854; em Tocantins, de 15.596 para 3.716. O melhor resultado ficou no Pará, onde a incidência da dengue caiu de 17.482 para 5.124.
Em segundo lugar está o Amazonas, que conseguiu redução de 94,54% dos casos confirmados, de janeiro a abril de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado. Nas primeiras 15 semanas de 2008, o estado teve 8.071 casos de dengue. Já no mesmo período deste ano, esse número diminuiu para 1.401.
Os bons resultados do Pará e Amazonas não foram compartilhados, contudo, pelo Acre, Amapá e por Roraima, que registraram aumento de casos de dengue. A pior situação foi registrada no Acre onde o total de casos passou de 1.221, nos primeiros quatro meses de 2008, para 15.686, no mesmo período deste ano. No Amapá e em Roraima, os registros de 2008 (828 e 1.491) passaram para 1.978 e 3.215 , respectivamente.
No caso do Amazonas, para conter o avanço da dengue, prefeituras, governo estadual e Forças Armadas atuaram em conjunto em uma ação batizada de Operação Impacto 2. Os trabalhos tiveram início em janeiro de 2008 e incluíram várias frentes de trabalho, como nebulização espacial (fumacê) para o controle do mosquito e anti-larvário em depósitos de água. Mensagens em contracheques de servidores, contas de águas, extratos bancários e até um concurso sobre a prevenção da
dengue nas escolas públicas também foi promovido como parte da estratégia.