Brasil

Despreocupado, Mohammed dá relato pormenorizado de como matou Cara Marie

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postado em 14/05/2009 19:13
Em depoimento na tarde desta quinta-feira (14/05) ao Tribunal do Júri de Goiânia, Mohammed D'Ali Carvalho dos Santos, 21 anos, confessou mais uma vez ter matado e esquartejado a inglesa Cara Marie Burke, 17, em julho do ano passado. A jovem estava morando na capital goiana. Mohammed disse ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara ter conhecido a vítima em 2006 em Londres e ter vindo com ela para o Brasil. Ele negou ter namorado Cara ou ter tido qualquer relação com ela que não fosse de amizade. Declarou, ainda, que tinha um 'bom relacionamento' com Cara Marie. O réu disse a vítima usava maconha e cocaína e que ela morou dois meses com ele, voltou para Londres e retornou ao Brasil, período em que teria morado outras duas semanas com Mohammed. A adolescente teria saído do apartamento para morar com um namorado - e estaria, ao mesmo tempo, 'ficando' com outro homem, um policial militar da Rotam. Mohammed afirmou que Cara Marie praticava pequenos furtos em Goiânia para comprar roupas e fazer 'bagunça' pela cidade. Mohammed D'Ali relatou de forma pormenorizada como foi o assassinato da jovem inglesa. Disse que ela telefonou dizendo que gostaria de voltar a morar com ele. Ao chegar ao apartamento do réu, teria pedido dinheiro. Quando ele negou, a jovem, ao avistar 50 gramas de cocaína na mesa, teria reclamado que para drogas Mohammed possuía dinheiro. "Ela me disse que ia ligar para o policial que ela estava ficando para buscar a droga dela e fazer um dinheiro com a droga. Quando ela colocou o telefone na orelha, eu aumentei o volume do som, tapei a boca dela e comecei a furar as costas dela. Isso foi na sala do apartamento;, disse o réu, que, após esfaquear Cara, esquartejou-a e escondeu as partes do corpo em locais diferentes. ;A faca já estava comigo para cortar a pedra de cocaína. No dia em que aconteceu tudo, eu já tinha usado cocaína durante quatro dias seguidos;, declarou. Após o assassinato, Mohammed tomou banho e foi a uma festa na casa de uma amiga, que ele disse chamar-se Poliana. Teria ficado na festa da noite de sábado até as 10h de domingo. Antes, tirou fotos do corpo da vítima pelo celular. Questionado sobre porque fez isso, o réu disse não saber. No domingo, Mohammed relatou ter ido a um supermercado e comprado uma faca com maior poder de corte, com cerca de R$ 10. ;Fiquei pensando em como tirar o corpo de casa e o jeito era cortar o corpo e colocar na mala. Cortei primeiro as pernas, os braços e depois a cabeça. Coloquei o tronco em um saco plástico e depois em uma mala. A cabeça e os membros eu coloquei em outros sacos plásticos e em outra mala;. Mohammed relatou que pegou a mala com os membros da vítima e colocou no carro de um amigo para jogar no Ribeirão Sozinha. No mesmo dia, pegou a outra mala, com o tronco da vítima, e levou até o Rio Meia Ponte. Em casa, o réu lavou o sangue do chão e das paredes com água sanitária. Ele disse ao juiz que acreditava que não seria descoberto. Mohammed D'Ali aparentava despreocupação no Tribunal do Júri.

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