postado em 18/05/2009 10:23
Rio de Janeiro - Cerca de cem pessoas participaram neste domingo (17/5) de uma passeata na Praia de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, para lembrar o Dia Mundial de Combate à Homofobia. Os manifestantes carregavam faixas e cartazes, usavam camisetas e entregaram folhetos à população pedindo o fim da violência contra homossexuais.
Ao fim da marcha, que contou com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, foram distribuídas flores para lembrar as mortes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. De acordo com o superintendente de Direitos Individuais do estado do Rio, Cláudio Nascimento, nos últimos dez anos 3 mil homossexuais foram assassinados no país por causa da orientação sexual.
"A realidade ainda é muito assustadora e triste para uma das populações mais perseguidas do país. Esse dia é para chamar a atenção da população brasileira e mundial para a importância de todos que são comprometidos com a democracia e os direitos humanos não aceitarem de forma passiva a discriminação contra lésbicas e gays.;
Como recente avanço conquistado na esfera estadual, Nascimento destacou a decisão de incluir, a partir de junho, nos boletins de ocorrência das delegacias do Rio de Janeiro a opção ;homofobia; entre as possíveis motivações para um crime. A classificação desse tipo de violência pela polícia é inédita no país e foi divulgada na última sexta-feira (15/5) pelo governo fluminense, atendendo a uma antiga reivindicação de lésbicas, gays, bissexuais e travestis.
Para o consultor financeiro Carlos Santana, frequentador da praia de Ipanema, qualquer luta por direitos humanos deve ser apoiada por toda a sociedade. ;Todo mundo tem o seu direito de escolha e deve reivindicar seu espaço. Cabe à sociedade respeitar;, afirmou.