postado em 19/05/2009 09:01
O número de casos de doenças como hepatite, leptospirose, dengue, diarreia e gripe aumentou consideravelmente em cidades do Maranhão atingidas pelas cheias dos rios, de acordo com balanços de Secretarias Municipais de Saúde.
Em Trizidela do Vale, a 226 quilômetros de São Luís, o número de internações e de atendimentos do Programa de Saúde da Família (PSF) triplicou. Em Pedreiras, município vizinho, o número de internações aumentou no mesmo ritmo.
Em Trizidela do Vale, o PSF realizava cerca de 2,2 mil atendimentos por mês. Com a inundação de 90% da cidade, nos últimos 30 dias, foram 6,8 mil consultas. Nesse período foram realizadas 350 internações no Hospital Municipal Doutor João Alberto. ;Para atender tanta gente, fomos obrigados a diminuir o tempo de permanência das pessoas no hospital;, diz a secretária de Saúde de Trizidela do Vale, Ediuene Sousa.
Em Pedreiras, 730 pessoas foram atendidas com doenças ligadas diretamente às enchentes no período de 30 dias. Foram registradas 12 internações por hepatite A e dois casos de leptospirose. ;Em períodos normais, registrávamos, por exemplo, menos de quatro casos de hepatite A por mês;, comparou o secretário de Saúde, José Lima.
Dos dois hospitais de Trizidela do Vale, um ficou alagado e os atendimentos, em 30 leitos, foram concentrados em apenas uma unidade. Em Pedreiras, o hospital infantil, com 35 leitos, foi interditado. Os atendimentos estão concentrados no Hospital Geral do município, com capacidade para 45 leitos. De acordo com a Defesa Civil do Maranhão, subiu para 116 mil o número de desabrigados e desalojados no Estado e para 338 mil os afetados. São 93 cidades em situação de emergência.