postado em 25/05/2009 09:08
Depois de 29 anos à procura da filha, o casal Neuza e Carlos Dias Franco finalmente reencontrou Janaína Dias Franco, ou Alessandra Galvão dos Santos, como foi registrada depois de ser raptada de um centro de saúde de Vicente de Carvalho, distrito do Guarujá (SP). Em 8 de fevereiro de 1980, Neuza saiu de casa com a menina, então com 25 dias, para vaciná-la.
A mãe da garota começou a conversar com uma mulher desconhecida, que se aproximara dela. Em seguida, a sequestradora ofereceu água a Neuza e pediu para segurar a criança.
A mãe de Janaína não se lembra do que aconteceu, apenas que ;apagou; durante alguns minutos. Quando percebeu, a mulher havia desaparecido junto com o bebê. O caso inusitado foi revelado ontem pelo jornal A Tribuna, de São Paulo.
A reportagem conta que, antes do final feliz da história, Janaína nunca havia desconfiado que não era filha biológica de Laura Vita Galvão, nome da sequestradora, e de Odálio Enoque dos Santos, como consta na falsa certidão de nascimento, até a década de 1990. Na época,. Laura se separou e passou a beber.
Quando estava alcoolizada, afirmava que Janaína não era sua filha. Em 29 de agosto de 2004, a mulher foi internada. Na cama do hospital, revelou não ser a mãe da jovem. Janaína, que sempre morou com a falsa família em Indaiatuba (SP), já considerava a possibilidade de não ser filha de Laura, mas pensava que havia sido adotada. A partir daí, a jovem iniciou uma busca incessante pelos pais verdadeiros.
A história da jovem foi contada ao jornal A Tribuna por uma vizinha da sequestradora. A redação se mobilizou atrás dos pais biológicos. Uma matéria publicada na época do rapto foi a pista que faltava.
Pelo nome do pai da menina, Carlos Roberto Franco, foi possível encontrar o endereço da família. Além dos 29 anos de espera, os pais de Janaína precisaram aguardar mais 10 dias, prazo da investigação, e outros sete, até a abertura do envelope com o resultado do teste de DNA.