postado em 29/05/2009 09:03
Entre os 4,3 milhões de idosos paulistas, 14% vivem em municípios com baixo nível de desenvolvimento e bem-estar e 7% moram em cidades classificadas como de alta qualidade de vida. São dados de um índice desenvolvido pela Fundação Seade e pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, o Futuridade. O índice mediu as condições de vida da população com mais de 60 anos nos 645 municípios do Estado. A capital é a 503ª na classificação geral.
Quando consideradas as cidades com mais de 200 mil habitantes, São Paulo aparece como a 24ª. A cidade com o melhor desenvolvimento é Santo Antonio da Alegria, e a que tem o pior índice é Nova Campina. Santo Antônio da Alegria tem apenas 6.249 habitantes. Desses, 834 têm mais de 60 anos. As características da cidade são uma constante entre os municípios nas melhores colocações. População pequena e com boa cobertura dos programas públicos voltados para a terceira idade.
Foram considerados três itens para construir o indicador: saúde, proteção social e participação. Cada um deles com variáveis como porcentagem de atendimentos na rede de proteção social básica, existência de um conselho municipal do idoso e taxa de mortalidade entre os 60 e 69 anos - o que é considerado como mortalidade precoce entre idosos. Segundo Alanna Armitage, representante do Fundo de Populações das Nações Unidas, o índice é fundamental para a construção de políticas públicas. ;Na América Latina, o processo de envelhecimento aconteceu mais rápido do que em outros lugares, sem tempo para essas adaptações;, afirma.
De acordo com a Fundação Seade, em 2030 serão 7,1 milhões de idosos no Estado de São Paulo - 15,4% da população, 56,8% composta por mulheres. A diretora executiva da fundação, Felícia Madeira, diz que o Futuridade não pode ser confundido com o Índice de Desenvolvimento Humano. ;O IDH indica o alcance das políticas públicas dos municípios e como eles têm se comportado; diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.